Jornal
da Gíria Ano XV- Nº94 – Setembro e Outubro de 2014
Ouça
aqui giria portuguesa e divirta-se ! (necessario PowerPoint )
Veja o que mandou António Pinho, de Lisboa: A origem da língua portuguesa:
https://www.youtube.com/watch?v=EtBief6RK_I
Veja o que me mandou
Rubem Amaral Junior :
Acordo
ortográfico será debatido em série de
audiências públicas
Elina
Rodrigues
Pozzebom. Da Agência Senado
Os
integrantes da Comissão de Educação (CE) aprovaram, em 02.08,
requerimento para
a realização de uma série de audiências públicas sobre a efetiva
implantação do
Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O acordo entraria em
vigor no
Brasil em 1º de janeiro de 2013, mas o início da vigência foi adiado
para
janeiro de 2016, por decreto da presidente Dilma Rousseff. Parte dos
países
lusófonos, como Portugal, é contrária às mudanças propostas para a
unificação.
De
acordo com a senadora Ana Amélia (PR-RS), autora do requerimento, a
ideia é
debater com escritores, professores de língua portuguesa e até
representações
diplomáticas dos países lusófonos de que forma esse acordo pode ser
posto em
prática. A senadora chegou a defender que as academias de língua
portuguesa dos
demais países avaliassem as alterações.
O
presidente da CE, senador Cyro Miranda (PSDB-GO), aproveitou para mais
uma vez
refutar que o Senado esteja tentando reformar a língua portuguesa, como
chegou
a ser veiculado na imprensa e disseminado pelas redes sociais.
-
Não somos autores de tal projeto nem queremos nenhuma reforma. Queremos
disciplinar
o acordo que torna homogêneas as línguas lusófonas. Nós estamos, sim,
querendo
disciplinar um acordo que houve desde 1990 para a homogeneização das
línguas
lusófonas, que são os dez países que integram a CPLP [Comunidade dos
Países de
Língua Portuguesa] – declarou.
O
cronograma das audiências públicas e os nomes dos convidados ainda
serão
definidos.
Também
será realizada audiência pública para debater a possibilidade de
construção de
uma base curricular nacional comum.
Cyro
Miranda refuta boatos sobre mudanças na
língua portuguesa
Da
Agência Senado em /08/2014 - 14h30 Comissões - Educação - Atualizado em
21/08/2014 - 14h37
Recentes
boatos de que o Senado estaria a ponto de aprovar mudanças na
ortografia da
língua portuguesa não procedem, explica o presidente da Comissão de
Educação,
Cultura e Esporte (CE), Cyro Miranda (PSDB-GO). O rumor que se espalhou
nas
redes sociais nos últimos dias, segundo o qual estaria em análise uma
reforma
ortográfica que extinguiria o ss, ç, ch, h inicial, entre outras
modificações,
não corresponde à realidade.
Na
verdade, explica Cyro Miranda, a Comissão de Educação está examinando a
data em
que passará a ter validade o acordo de unificação ortográfica firmado
pelo
Brasil em 1990. O acordo entraria em vigor no Brasil em 1º de janeiro
de 2013,
mas o início da vigência foi adiado para janeiro de 2016, por decreto
da
presidente Dilma Rousseff.
A
unificação em questão terá que ser feita em entendimento com os países
de
língua portuguesa e, mesmo que quisesse, o Brasil não poderia tomar
nenhuma
decisão unilateral sobre o tema.
Para
debater o assunto, a Comissão de Educação criou, a pedido da senadora
Ana
Amélia (PP-RS), um grupo de trabalho formado por professores e
linguistas para
analisar o acordo e sugerir meios de facilitar a implantação das novas
regras.
Os
especialistas têm usado o espaço para trocar opiniões a respeito da
implantação
definitiva do acordo e de possíveis alterações em seu conteúdo. De
fato, houve
sugestões de mudanças mais radicais no acordo, mas isso não foi
formalizado
como proposta da comissão e muito menos se tornou proposição
legislativa - o
que seria exigido para qualquer mudança formal.
–
Não queremos fazer uma reforma geral da ortografia. Queremos fazer o
mínimo
possível de mudanças, mas chegar a um consenso entre os países. Ainda
estamos
longe disso – afirma Cyro Miranda.
Veja
abaixo o esclarecimento divulgado pelo senador nesta semana:
"Esclarecimento
sobre Acordo Ortográfico
18/08/2014
Em
resposta à demanda de professores de português, a Comissão de Educação,
Cultura
e Esporte aprovou, no dia 1º de outubro de 2013, a criação de um Grupo
de
Trabalho destinado a propor a unificação ortográfica da Língua
Portuguesa,
conforme Acordo já firmado em 1990.
Esse
Acordo entraria em vigor no Brasil em 1º de janeiro de 2013, mas o
início da
vigência foi adiado para janeiro de 2016, por decreto da presidente
Dilma
Rousseff.
A
unificação em questão terá que ser feita em comum entendimento com os
demais
países. Portanto, não há nada que senadores, a Comissão de Educação e
até mesmo
o Brasil possa fazer unilateralmente.
Recentes
notícias de que estaríamos a ponto de reformular a ortografia da Língua
Portuguesa não procedem.
Senador
Cyro Miranda (PSDB-GO)
Presidente
da Comissão de Educação, Cultura e Esporte"
Comissão
de Educação busca consenso sobre
normas ortográficas
Da
Agê ncia Senado, em 19/08/2014 - 11h05 Comissões - Educação -
Atualizado em
21/08/2014 - 12h10
Cyro
Miranda, presidente da CE, e a senadora Ana Amélia defendem debate
sobre o
acordo
A
Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) vem aprofundando o debate
nacional
a respeito do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Professores e
linguistas
consultados e atendidos pela comissão têm usado o espaço para trocar
opiniões a
respeito da data oficial de implantação definitiva do acordo e de
possíveis
alterações em seu conteúdo.
Os
debates são realizados no âmbito de um Grupo de Trabalho Técnico (GTT)
montado
pela comissão, que reúne o Centro de Estudos Linguísticos da Língua
Portuguesa
(Cellp), a Academia de Letras de Brasília (ALB) e o movimento
Simplificando a
Ortografia. Além dessas instituições, a Associação Brasileira de
Linguística
(Abralin) procurou a comissão para apresentar sua posição.
A
comissão planeja divulgar os temas debatidos pelo GTT ao longo dos
últimos
meses em audiência pública prevista para outubro. Atualmente não há
nenhuma
proposição formalizada na comissão a respeito do assunto.
O
presidente da CE, Cyro Miranda (PSDB-GO), acredita que um debate
abrangente a
respeito do acordo ortográfico é urgente.
–
Tínhamos um acordo que não era acordo. A reforma foi feita sem ouvir
ninguém. A
comissão resolveu botar ordem na casa e tomamos a medida de convocar o
debate –
disse ele.
O
senador rejeita a possibilidade de promover mudanças profundas nos
termos do
acordo, mas ainda não vê uma solução definitiva próxima.
–
Não queremos fazer uma reforma geral da ortografia. Queremos fazer o
mínimo
possível de mudanças, mas chegar a um consenso entre os países. Ainda
estamos
longe disso. As autoridades competentes têm que se envolver mais. Só a
comissão
se movimenta – afirma Cyro.
O
senador citou ministérios e a Academia Brasileira de Letras (ABL) como
instituições que deveriam participar mais dos debates.
Resistência
A
senadora Ana Amélia (PP-RS), integrante da CE, foi autora de um
requerimento
que pedia a prorrogação da fase de transição entre as normas
tradicionais e as
alterações promovidas pelo acordo. No entanto, apenas um decreto
presidencial
poderia promover essa mudança.
–
Levei essa demanda à Casa Civil e observei que seria oportuno,
inclusive em
solidariedade a Portugal, que vivia um momento de crise econômica e
teria dificuldades
de conduzir a implementação – lembra.
O
resultado foi o Decreto
7.875/2012, que
transferiu a data-limite para adoção total do acordo de 2013 para 2016.
Ana
Amélia defende a iniciativa da comissão de promover encontros entre
especialistas para debater o acordo.
–
Havia resistências bastante sensíveis ao acordo. Os professores, que
são os
difusores da língua, reclamavam que não haviam sido consultados – diz.
São
esses profissionais, disse a senadora, que conduzirão o processo.
–
Fizemos nosso papel de abrir o debate, e estou satisfeita com isso. Não
vamos
interferir em conteúdo. Quem vai abordar isso são as pessoas que vivem
da
escrita: professores, acadêmicos, escritores, editores, jornalistas –
explica.
Ela
também destaca a importância de integrar os demais países lusófonos ao
debate.
–
Portugal sentiu que teve pouco protagonismo, e é o berço da nossa
língua. Nem
todos os países haviam ratificado o documento. O Brasil não pode impor
um
acordo, tem que respeitar seus parceiros – afirma a senadora.
Ana
Amélia relata ainda que deputados portugueses elogiaram a atitude da
comissão,
sentindo-se contemplados pelas novas discussões em torno do acordo
ortográfico.
Glossário
luso-brasileiro
no futebol
Mandou-me
Roldão Simas, o mestre dos
mestres na linguagem de brasileiros e lusitanos.
Adepto
torcedor
Apuramento
classificação
à próxima fase
Autogolo
gol
contra
Avançado
atacante
Balneários
vestiários
Bancada
arquibancada
Barra
travessão
Camisola
camisa
Castigo
suspensão
Central
zagueiro
Claque
torcida
Comentador
comentarista
Desaire
fracasso, revés
Dérbi
clássico
Encontro
particular
partida amistosa
Equipa
time
Equipa
das Quinas
seleção portuguesa
Falange
de apoio
Torcida organizada
Fantasista
craque
Ficar
nas covas
ser ultrapassado
Finta
drible
Genica
energia
Golo
gol
Guarda-redes
goleiro
Fífia
falha
(“fulano deu uma fífia”)
Lesão
contusão
Livre
falta
Meia-final
semifinal
Piteiro
frangueiro
Pontapear
chutar
Pontapé-de-
balisa
tiro de meta
Pontapé-de-rede
tiro de meta
Pontapé-banana
“folha
seca” lateral
Prestação
performance,
participação
Rasteirar
dar
uma rasteira
Recomeço
início
do segundo tempo
Relvado
gramado
Remate
chute
Remate
de cabeça
cabeçada
Reservista
jogador
reserva
Selecionador
técnico
do time nacional
Selecção
seleção
Trinco
volante,
meia defensivo
Dica
enviada por Fernando Gurgel
ABL
lança aplicativo de consulta ao
vocabulário da Língua Portuguesa
Volp
contém 381.000 verbetes e pode ser baixado
gratuitamente para
celulares
e tablets com sistema
operacional
iOS ou Android.
A
Academia Brasileira de Letras (ABL)
lançou, na semana passada, o
aplicativo
Vocabulário Ortográfico da
Língua
Portuguesa (Volp), que permite
consultar a grafia correta de
palavras
em tablets e celulares. O app
pode
ser baixado gratuitamente e está
disponível para aparelhos com
sistema
operacional iOS ou Android.
O
Volp contém 381.000 verbetes, com as
respectivas classificações
gramaticais
e outras informações
estabelecidas
pelo Acordo Ortográfico.
O
aplicativo conta com o recurso de
completar palavras, o que facilita a
navegação:
quando o usuário
começa
a digitar um vocábulo, aparece uma
lista com os resultados
possíveis.
Também é possível regular
o
tamanho da fonte, recurso útil para
pessoas com dificuldade de leitura
ou
para aparelhos com telas
muito
pequenas."
Extraído
do boletim interno do Bacen, Conexão Real nº 273.
800
anos
Língua
Portuguesa: nossa versão viva, única
e inacabada
Apesar
de acreditarem que a língua entraria
em desuso, hoje em dia, nove países a utilizam como idioma oficial
06.07.2014
As
mudanças que o idioma vai absorvendo são de total importância para que
ele
evolua. Se a língua parar de mudar, é um sinal de que deixará de ser
falada.
Por isso, são comuns as mudanças ao longo do tempo
FOTO:
FABIANE DE PAULA
O
oitavo
centenário da nossa "língua-mãe" não quer dizer que a mesma permanece
parada. Pelo contrário. As 800 primaveras da Língua Portuguesa mostra o
quanto
ela se reinventou, se adequou, e permanece em constante mudança até
hoje.
Os
quatorze
versos escritos pelo autor parnasiano Olavo Bilac, no poema Língua
Portuguesa,
mostra claramente essas transformações, numa abordagem histórica do
nosso rico
idioma. Seguindo rigorosamente as normas clássicas de pontuação e rima,
logo no
primeiro verso, "Última flor do Lácio, inculta e bela", o poeta faz
alusão ao fato de que a língua portuguesa seria a última língua
neolatina
formada a partir do latim vulgar, utilizado pelos soldados da região do
Lácio,
na Itália.
Em
todo o
poema, Bilac afirma, em linhas subjetivas, que o idioma ainda precisava
ser
moldado e que, para ele, impor essa língua a outros povos não era um
tarefa
fácil.
Antiga
ou jovem
Para
o
membro da Academia Cearense de Letras e professor da Universidade de
Fortaleza
(Unifor), José Batista de Lima, dizer que o Português é a "última flor
do
Lácio", como a última língua surgida, nas palavras de Olavo Bilac, traz
controvérsias, já que há quem diga ser o romeno o último idioma
neolatino.
Sobre
os
registros de que se tem notícia, o Sânscrito é a língua mais velha,
falada
pelos sacerdotes hindus na antiguidade. Entretanto, afirmar que a
língua é
jovem ou antiga é muito mais complexo do que se pensa. "Toda língua é
antiga na sua diacronia, como nascimento e evolução, e é nova na sua
sincronia,
ao representar o momento presente. Nossa língua tem 800 anos de
oficializada,
mas suas raízes são muito mais antigas".
Acreditou-se
que, um dia, a Língua Portuguesa entraria em desuso ou morreria
completamente.
O passar do tempo trouxe não só novas descobertas, como também a
certeza de
que, enquanto houver pessoas se comunicando com o mesmo idioma, esta
língua não
desaparecerá. "As línguas não morrem, elas deixam de ser faladas.
Porém,
continuam sendo estudadas e repercutindo nas que vão surgindo", explica
Batista.
As
mudanças
que o idioma vai absorvendo é de total importância para que ele evolua.
"Se elas pararem de mudar é porque deixaram de ser faladas. Nem o
Português de Portugal é o mesmo". Para o especialista, as
transformações
que acontecem até hoje e a riqueza contida no Português do Brasil são
reflexos
dos africanos, indígenas e outros povos que aqui aportaram.
Dialetos
Em
um país
de dimensões continentais, não há como se distanciar dos diferentes
modos de
linguagem, mesmo falando uma única língua. É fácil notar que as mais
diversas
regiões do Brasil possuem dialetos específicos que as caracterizam.
Todavia, as
formas de se expressar, de se comunicar, de usar dialetos não nos
distanciam.
Além
das
gírias muito usadas, características de cada canto do País, a linguagem
informatizada se espalha cada vez mais. As palavras abreviadas
utilizadas em
aplicativos e redes sociais já se tornaram um novo modo de diálogo
entre as
pessoas.
Com
o
objetivo de cursar Medicina, Maria Clara Vieira, 17, se preocupa
bastante com a
forma de se comunicar. "Eu procuro usar sempre a linguagem correta, nas
redes sociais ou em conversas informais. Acho que o hábito pode
influenciar.
Vou me policiando, até mesmo para não escrever errado nas provas de
vestibular", comenta.
Batista
de
Lima afirma que a escrita informatizada não é preocupante. "Esse tipo
de
escrita não assombra porque não tem raiz. É fruto de novas tecnologias
que não
são localizadas". Segundo o professor, "a língua é como água de
cacimba, tem que vir com o sabor da terra".
Nosso
"Cearês" bem peculiar
Estreando
com um grande sucesso nas telonas, o longa "Cine Holliúdy", do diretor
de cinema Halder Gomes, mostra, de uma forma cômica, o jeito cearense
de se
comunicar. As gírias, os dialetos e as expressões usadas pelas pessoas
que
carregam o Ceará como terra-natal são abordadas durante todo o enredo.
E o que
mais chama atenção dos espectadores, além da própria história que se
passa nos
anos 1970, no Interior do Estado, é a legenda que está presente em todo
o
filme.
É
interessante notar que, apesar de ser um filme brasileiro, na tela do
cinema, a
legenda também é em português. "A intenção foi cumprir dois papéis. O
primeiro, de acrescentar um pouco de excentricidade ao filme. E o
segundo, é a
necessidade de mostrar esse Brasil latente, meio escondido, com um tipo
de
humor que o Brasil não conhecia", explica Halder, deixando clara
importância
do letreiro. "Quem não é do Ceará realmente não entende. E não são só
as
palavras. Mas também a forma de falar muito característica daqui, a
velocidade.
Eu mesmo, quando estou fora, tento me policiar para que as pessoas me
compreendam". Isso afirma cada vez mais o quanto somos um país de uma
língua só, porém com linguagens diferentes. "Desempenhamos uma função
de
mostrar a nossa cearensidade".
Particular
O
cineasta
ainda aponta as diversas formas de linguagem como segmentadas por
classes. Para
ele, no Ceará não é assim. "Somos um linguajar universal, dentro das
diferenças culturais e sociais". Halder menciona o "dicionário
cearês" como a nossa língua. "Ela é singular, muito particular do
nosso povo, que evolui, se reinventa, se adapta, se desenvolve", afirma.
As
expressões usadas pelos cearenses já ganharam todo o Brasil e até mesmo
o
mundo. Halder conta que por onde passo ouve as pessoas tentando imitar
os
nossos trejeitos, nossas falas, e sempre escuta um "arriégua, macho",
expressão usada pelo personagem principal do filme, Francisgleydisson.
"O
que
antes fazia com que as pessoas se sentissem envergonhadas, hoje traz
orgulho", assegura o diretor. "A nossa forma de falar é muito linda,
além de ser riquíssima".
OPINIÃO
DO ESPECIALISTA
Vestígios
do latim são conservados
Considero
interessante começar por definir Língua e dialeto. Língua é a linguagem
particular de um povo. Dialeto é a modificação regional. No nosso caso,
que é o
latim, começa como tradição literária no século III a.C. Do latim
vulgar,
originaram-se as românicas ou novilatinas: português, espanhol,
italiano, etc.
Essas línguas conservam vestígios inquestionáveis de sua filiação ao
latim no
vocabulário, na morfologia e na sintaxe.
No
que diz
respeito ao uso, classificam-se as línguas em vivas: as que estão em
atividade
diária como instrumento de comunicação; mortas: já não faladas, mas que
deixaram documentos escritos, como o latim; extintas: que desapareceram
sem
deixar memória documental, como o indo-europeu (COUTINHO: 1976). Se há
indivíduos
vivos se comunicando, a língua, em princípio lógico, deve continuar
viva! Não
me parece plausível pensar diferente.
Toda
língua
é manifestada pelo povo, e as alterações fonéticas (metaplasmos), por
exemplo,
acontecem ao longo do tempo; no caso do português do latim vulgar ao
galego-português e deste ao português atual. Há no trajeto temporal das
línguas
mudanças naturais e estruturais - no vocabulário (influência de outras
línguas,
como indígena: caritó, xará; francês: assassinato; mudanças de acepção
etc), na
fonética (metaplasmos) na morfologia (mudanças de gênero, etc) e na
sintaxe
(home empregado como sujeito indefinido etc).
O
que é
fato: a nação portuguesa fala a realização do cotidiano dela, nós a
nossa e
cada uma das nações que utilizam o português. Hábitos, influências, as
coisas
de todos os dias são específicas em cada nação: um objeto, uma atitude,
um
sentimento, as dialetalizações, etc.
Há
princípios gerais que norteiam o caminho percorrido pelos falantes de
uma
língua. A linguagem, atributo humano, grosso modo, também funciona
assim.
Princípios como a analogia e a economia: várias alterações fonéticas
contemplam
esses princípios humanos. Citemos ilustrativamente o caso de vossemecê
(vossa
mercê) >vomecê >você >cê. Em que se percebem,
claramente, o economizar
e o metaforizar respectivamente. O "internetês" não deve afastar-se
desses, diríamos, preceitos.
Victor
Cintra
Professor de Língua Portuguesa da UECE
Patrícia
Holanda
Especial para cidad
a Dama,
o Diplomata e o Militar
Durante
almoço em uma embaixada sueca, conversas amenas rolando, a anfitriã
pergunta a
um velho General: o senhor sabe a diferença entre a dama, o diplomata e
o
militar?
O velho homem,
calmamente disse
que
sim...e explicou:
-
A
dama, quando diz NÃO, significa TALVEZ; quando diz TALVEZ, significa
SIM; e
quando diz SIM não é uma dama.
- O diplomata,
quando
diz SIM, quer dizer TALVEZ; quando diz TALVEZ, significa NÃO; quando
diz NÃO,
não é diplomata.
- O militar
quando diz
SIM, significa SIM; quando diz NÃO, significa NÃO; e quando diz
TALVEZ...não
é militar