Jornal
da Gíria Ano XVI- Nº101 – Novembro e Dezembro de 2015
Ouça
aqui giria portuguesa e divirta-se ! (necessario PowerPoint )
Veja o que mandou António Pinho, de Lisboa: A origem da língua portuguesa:
https://www.youtube.com/watch?v=EtBief6RK_I
Veja o que me mandou
Rubem Amaral Junior :
Dicionário caipira com 2 mil
palavras terá gírias 'barda', 'pinxá'
e 'breganhar'
Historiador reúne verbetes há 15 anos
para montar
'enciclopédia do interior.'
Expressões são usadas em Itararé (SP), cidade que faz divisa com Paraná.
Do G1
Itapetininga e Região
Gírias
como “barda” (vício), “breganhar”
(troca) e “pinxá” (jogar
fora) farão parte de um
dicionário caipira com 2
mil palavras que é montado
por um historiador em Itararé (SP). O
responsável pela “enciclopédia do interior”, José Maria Silva, está há 15 anos reunindo as expressões. Além das gírias, o documento também
terá ditados alterados pela população local. Um exemplo é a expressão
"é
melhor perder um parmo
de tripa do que a tripa
inteira", que é a modificação do “mais vale um passarinho na mão do que
dois voando.”
A cidade fica no sudoeste do estado, cerca de 340
quilômetros da capital paulista, e a 260 quilômetros da capital
paranaense. O
historiador explica que a localização do município é a responsável pela
criatividade linguística. “Itararé foi um entreposto madeireiro, o
maior do
país na época. E as pessoas desciam aqui, tinham que fazer baldeação e
ficavam
várias horas. Assim, apareceram pessoas e Itararé foi crescendo, por
isso tem
vários sotaques na população.”
Outra gíria que chama atenção dos visitantes da cidade é o “boca de gamela”, sinônimo de
pessoa que fala muito. “A
gamela é uma bacia feita de madeira e tem a boca grande. A gamela tem a
boca
larga e a pessoa é muito bocuda, fala muito", explica o aposentando
Ariovaldo Benedito.
A expressão "azedou a boca da égua" é usada quando
algo dá errado. Já "tomar café com as duas mãos" significa fartura.
"É que tem o café e o pão para a gente comer, então não pode ser com
uma
mão só", conta o aposentado
Alcindo da Silva Ribeiro.
Não só os adultos e idosos conhecem o linguajar caipira itarareense. Nas escolas é muito
comum os pequenos
conversarem usando gírias e expressões únicas da cidade, diz a
professora de
Português Nádia Manoela Garcia. A estudante Emili
Fernanda Pedroso, de 8
anos, por exemplo, explica o
significado de “bardiá”:
“trocar alguma coisa de
lugar, como pegar meu caderno e por em outro lugar”, comenta.
A professora Nádia reforça que manter a
história e cultura local é fundamental às novas gerações, mas salienta
que é
preciso ensinar as crianças a separar as gírias da língua culta. “Os
alunos
precisam saber a importância da valorização dessa variedade
linguística, e da
beleza que é nossa língua, e de como usá-la dependendo da situação em
que se
encontra”, finaliza.
Dicionário é montado há 15 anos por
morador de Itararé (Foto: Reprodução/
TV TEM
Gírias caipiras estão na boca dos
mais velhos...
(Foto: Reprodução/
TV TEM)
e
também na boca das crianças e adolescentes
(Foto: Reprodução/ TV TEM)
Nossa Audiência
No mês de setembro, pelo Google Analytics
registramos135 sessões, 126 usuários e 154 visualizações.
Fomos vistos em 13 paises,
Suiça (Zurique),
Argentina (Buenos Aires e Rosário), Japão
(Osaka) , França, India
(Nova Delhi), Canadá,
Portugal, México, Moçambique,
Estados Unidos, Russia
e Nova Zelandia.
No Brasil, fomos vistos em 69 cidades incluindo Rio de
Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Macapá, Niterói, Natal ,
Porto Alegre, Brasília, Belém, João Pessoa, Recife, Curitiba, Porto Velho, Florianopolis,
Maceió, Manaus, Itapetininga e Salvador.
Manual de Anatomia para
médicos cubanos.
Está na internet:
O
Manual contem
duas figuras (macho e feme).
Nelas se identificadas as
partes humanas, em nordestines,
para entendimento dos cubanos:
Bila dos zoi
– olhos
Zoi – olhos
Zurêa – orelhas
Zuvido – ouvido
Zunha - unha
Venta – nariz
Pau da venta –
nariz
Cangote – nuca
Suvaco – axila
Pé do bucho –
baixo ventre
Viria – virilha
Os zovos – culhões
Bolacha do joei – rótula
Batata da perna –
panturrilha
Mocotó – calcanhar
Canela – perna
Tubo das ventas –
nariz
Guela – garganta
Os bofes
- órgãos da barriga
Chibata ou peia –
pênis
Xibiu ou priquito -
vagina
Gírias de Paulistanos
1. Top
Adjetivo usado
por paulistanos para dizer que alguma coisa é muito incrível –
principalmente
pelos coxinhas: “Nossa meu, peguei uma baladinha top no fim de semana”.
2. Tipo
Paulistanos
não percebem, mas se você parar para contar quantos “tipos” eles usam
em suas
frases, vai ficar cho-ca-do: “Porque tipo assim, quando eu tava lá tipo
beijando a minazinha, tá ligado? Tipo, foi top”.
3. Mano
Você pode
estar se dirigindo a um idoso, uma menina ou uma criança, não importa,
“mano” é
mandatório se você quiser falar que nem um paulista, mano.
4. Laras
Abreviação de
larica - mais conhecida como fome que bate depois de fumar um baseado.
Mas aqui
em São Paulo, você pode ser a pessoa mais careta, que ainda assim vai
ter o
costume de falar “laras”, afinal, bater uma laras nada mais é que matar
a fome
– risos.
5. Padoca
Apelido
carinhoso – e cafona – para se referir a uma padaria. Afinal, “bater
uma laras
na padoca depois da balada é top, mano”.
6. PT
Iniciais de
perda total, que até então, era um termo comum para se referir a carros
mega
acidentados. Mas em São Paulo, dar PT é encher a cara e terminar a
noite
nadando no próprio gorfo. E acredite, tem muita gente que antes de ir
para a
baladinha top, fala “mano, hoje eu vou sair pra dar PT”.
7. Breja
Palavra usada
por TO-DOS os paulistanos para se referir a uma cerveja. O mais
engraçado é que
breja também virou rolê, e tem muitas pessoas que chamam o amigo para
tomar uma
breja, quando na verdade é só para dar uma volta no shopping. Vai
entender, né?
8. Chapei
Chapei é uma
expressão usada, principalmente, por maconheiros, mas tem muita gente
que usa
para se referir a estado de bebedeira: “Mano, vamo chapar o coco hoje,
que a
baladinha vai ser top”.
9. Busão
Dificilmente você
vai ver um paulistano se referindo a um busão, como ônibus – risos.
10. Nargas
Não sei
porquê, mas se tem uma coisa que paulistano adora é se reunir com os
amigos
para fumar narguile, ou melhor, nargas. Oi?
11. Pigas
Paulistano não
fuma cigarro, fuma pigas, mêo.
12. Gourmet
Do bolovo ao
caviar, se for gourmet, o paulistano está dentro. Por que, né?
13. Meu
Meu, todo
paulistano fala muito "meu".
14. Feijuca
“Mano, aquele
bistrozinho no Itaim serve uma feijuca gourmet muito top”. Precisa
falar mais
alguma coisa?
15. Man
Traduzindo
para o português: homem. Mas claro que em São Paulo teria um
significado e
pronuncia diferente, né? Então fica a dica que paulistanos falam
“mêín”, que
nada mais é que uma forma mais coxinha de falar “mano”: “Porra mêin, me
chama
no Whats para combinar aquele rolezinho top”.
16. Osso
Osso =
complicado. “Mêin, a prova da facul tava muito osso”.
17. Japs
Orkutização da
comida japonesa em São Paulo: a gente vê por aqui. Ninguém sai de casa
para
comer uns sushis, ou comida oriental, o negócio mesmo é se juntar com
os
brothers e colar num “japs” – leia-se di-é-ps, HAHA.
18. Partiu
#partiutreino,
#partiubalada, #partiurolê, #partiujaps. Além de tudo, paulistano adora
meter
uma hashtag onde não precisa.
19. Suave
“Tô suave,
mêin”: frase utilizada para informar que você está de boa ou não está a
fim de
alguma coisa.
20. Champa
Paulistano
adora agregar valor, então não podia faltar uma champa para deixar a
baladinha
mais top, né?
21. Insano
Meu, você não
vai acreditar, aquele rolê tava insano.
22. Tenso
Um bom
paulistano fala "meu, aquela prova tava tensa"
Abalar:
Causar boa impressão. Alemão: Pessoa de caráter
duvidoso. Falso, duvidoso, velhaco. Arroz: O cara que só anda
acompanhado de várias ...
GIRIA DE BAIANO
A
CULHÃO - De qualquer jeito, na marra; sem interesse (ópaisso: tudo feito a culhão) A
FACÃO - Algo feito na marra (ver
também na mão grande...
Gírias de malandros
Fanchona:
(RJ;SP): Viado;
Homossexual. Chegado: Amigo Colado - Mais que amigo Nangive
- Vadia Kula - Viado Papo
estranho - Conversa de gay C...
Algumas
Girias usadas por
bandidos
Vacilou - marcou bobeira Puxar um beck
- Fumar droga (cocaína, maconha...)
Zoar ou Zueira
- Fazer bagunça Nóia - Usuário de droga, que tr...
Gírias
de hip-hop
À pampa - Muito legal Abraça - Acredita Aviãozinho - Pessoa que
leva e traz coisas ...
Gírias
Mineiras
Abano: denominação particular dada à peneira sem furos, cuja
destinação é soprar cereais, limpando-os de resíduos, como palha,
cascas,
terra...
Gírias
Gays
Ocó:
homem Amapô: mulher Otim: bebida Chá do
otim: urina Nena:
fezes Taba: maconha AG1 (a - gê - 1):
comida Xanã: cigarro Dendaca: sexo anal...
Girias de
gaúchos
BAH! : Exprime espanto.
Bah! Muito usada por todos
os gaúchos.
TRI LEGAL: Quando algo
é bom, é legal; quando é
muito bom, é Tri Legal! Muito usada por jovens.
ACOAR: Latir, ladrar.
CUSCO/GUAIPECA: Cão
pequeno, de raça ordinária.
DAR UMA FACADA: Pedir
dinheiro emprestado.
DAR UMA CHAMADA: Passar
uma advertência.
DEITAR O CABELO: Fugir
à disparada.
DE VEREDA:
Imediatamente, de repente.
EMBROMAR: Levar muito
tempo para fazer alguma coisa.
EM CIMA DO LAÇO:
Imediatamente, em seguida.
ESTICAR A CANELA:
Morrer.
GAITADA: Gargalhada.
GAUCHADA: Façanha de
gaúcho.
GURI/GURIA: Bastante
usados para conversas em geral,
chamando a atenção da pessoa com quem está se falando. Também substitui
a
palavra menino(a).
JUNTAR OS TRAPOS:
Casar.
LAMBANÇA: Bate-boca;
bagunça.
MATAR CACHORRO À GRITO:
Andar sem dinheiro,
desempregado.
NO MATO SEM CACHORRO:
Em dificuldades.
POVARÉU: Multidão de
pessoas.
QUEBRA-COSTELA: Abraço
muito apertado.
DE MALA E CUIA: Viajar
com muitos pertences.
BAGUAL: Idiota
Colé, meu bródi! |
Olá, amigo. |
|
Colé, misera! |
Olá, amigo. |
|
Tô em água! |
Estou bêbado. |
|
Colé, men! |
Olá, amigo. |
|
Diga aê, disgraça! |
Olá, amigo. |
|
Digái, negão! |
Olá, amigo. (independente da cor do amigo) |
|
E aí, viado! |
Olá, amigo. (independente da opção sexual do amigo) |
|
E aê, meu rei!? |
Olá amigo. |
|
Ô, véi! |
Olá amigo. |
|
Diga, mô pai! |
Oi para você também, amigo! |
|
ÊA! |
Olá, amigo. |
|
Colé de mêrmo? |
Como vai você? |
|
É niuma, miserê |
Sem problemas, amigo. |
|
Relaxe mô fiu |
Sem problemas, amigo. |
|
Cê tá ligado qui cê é minha corrente, né vei? |
Você sabe que é meu bom amigo, não é? |
|
Bó pu regui, negão? |
Vamos para a festa, amigo? |
|
Aí cê me quebra, né bacana |
Aí você me prejudica, não é meu amigo? |
|
Aooonde! |
Não mesmo! |
|
Vô quexá aquela pirigueti |
Vou paquerar aquela garota. |
|
Vô cumê água |
Vou beber (álcool). |
|
Colé de mermo? |
O que é que você quer mesmo? (Caso notável de compactação!) |
|
Eu tô ligado que cê tá ligado na de colé de merma |
Estou ciente do seu conhecimento a respeito do assunto. |
|
O brother tirou uma onda da porra. |
O cara se achou. |
|
Tá me tirando de otário é? |
Está me fazendo de bobo? |
|
Tá me comediando é? |
Está me fazendo de bobo? |
|
Se plante! |
Fique na sua. |
|
Se bote ae, vá! |
Chamada ao combate físico |
|
Eu me saí logo |
Eu evitei a situação. |
|
Shhh… Ai, mainhaaa |
Até hoje não se sabe a tradução. Sabe-se apenas que nas músicas de pagode, o vocalista está excitado com sua respectiva amante. |
|
Oxe! |
Todo baiano usa essa expressão para tudo, mas um forasteiro nunca acerta quando usa. |
|
Lá ele! ou Lá nele |
Eu não, sai fora, ou qualquer outra situação da qual a pessoa queira se livrar ou passar para outro. |
|
Lasquei em banda! |
meteu sem dó nem pena. |
|
Biriba nela mô pai |
Manda ver! (no sentido sexual da coisa) |
|
Ó paí ó |
Olhe para aí, olhe! |
|
Essa expressão foi utilizada pela primeira vez pelo capitão português Manoel da Padaria a frente da Nau Bolseta, que por infortúnio (leia-se burrice) perdeu-se da frota portuguesa no caminho para as índias e veio parar na Bahia. Desde então foi resgatada pelo povo baiano, assíduo leitor de Camões, já que trata-se de um texto apócrifo dOs Lusíadas, que nem os portugueses sabiam (Nenhum jamais concluiu a leitura do clássico). É muito usada por aqui, tanto que virou filme, peça teatral, música, marca de refrigerante, água de coco, barzinho, cerveja, igreja…. |
||
Num tô comeno reggae! |
Não estar acreditando ou dando muita importância. |
|
Num tô comeno reggae de (fulano)! |
Não estar com medo de provocação/ameaça de (fulano) |
|
Tome na seqüência misêre |
Tomar o troco de algo ruim que vc fez |
|
Eu quero prova e R$ 1,00 de Big-Big! |
Não acreditar. O Big-Big é um chiclete muito valorizado por pessoas de todas as classes. |
|
Sai do chão! |
Frase típica e predileta das bandas de axé. O intuito da mesma é de que indivíduo se agite e curta o som tocado em questão. |
|
Rumaláporra! |
Agir violentamente contra alguém ou algo. |
|
Picá a porra! |
Agir violentamente contra alguém ou algo. |
|
Rumaládisgraça |
Agir violentamente contra alguém ou algo. |
|
ei, ó o auê aí ô |
tida como unica frase universal a utilizar apenas vogais e ter sentido completo, significa parem de baderna. |
|
Bó batê o baba |
Chamar os amigos para uma partida de futebol |
|
Bó pro reggae |
Chamar os amigos para a balada |
|
|
||
Gírias
Goianas
Chega dói - Chega a doer. Ex.: Deixa eu te falar, essa
luz é tão forte que chega dói a
vista. Na verdade essa
forma pode ser usada com quaisquer outros verbos combinados com o verbo
'chegar'. Ex.: chega arranha, chega machuca, chega engasga.
Chega doeu - Chegou a doer, ou seja, o passado de chega
dói.
Coisa -Trem.
Di Rocha - Serio? Ex: 'Comprei um trem lá de 200
real' 'Di rocha?' 'Di rocha vey!'
Negocio -Coisa.
Trem -Negocio.
Véi -Cara.
Fiduma égua - Se
no Brasil e no
mundo é natural xingar
alguém de Filho da Puta em
Goiás já é diferente se usa Fiduma
égua ou apenas fidégua.
Prego - Tanto é o Prego que naturalmente todos conhecem,
como se usa para referir a uma pessoa chata, insuportável, vacilão,
que não é boa pessoa. Ex: Sai fora cara cê
é prego!
Presença - Se refere a uma pessoa boa pinta que é
companheira/brother e não te causaria problemas. Ex: Dê-xa
ele entrar que ele é presença
Sô -Endoça
o uai.Ex: 'uaai sô..'
Uai - uai! uai é uai
,uai! Ex.:
Pergunta: Goiano, você vai à festa hoje?;
Resposta:
Uai... vou!
Encabulado - Impressionado. Ex.: Estou encabulado que
você nunca tenha ouvido alguém falar 'chega dói' antes.
Pior- Afirmativa ex: hj
foi
ruim a aula
resposta: pior....
Em riba-Em cima. Em bom goianês:
'In riba'.
Bão? - Goianês
para 'Tudo bem?' Também é usada a forma bããããão?.
Pinicar-Dar coceira.
Tá boa? - Goianês
para 'Tudo bem?' usado para mulheres. Em outras regiões do Brasil seria
interpretado de outra forma…
Alembrar-Lembrar.
Banhar-Tomar banho.
Nó-vixe,
Credo,
pronunciado também só 'nóóóóó'.
Bão mesmo? - É
comum usar o
'mesmo?' depois de coisas como 'e aí, tá bom/bão',
como se pedisse uma confirmação de que a pessoa tá bem e não apenas
fingindo
que está bem.
Bão bisurdo
- o cúmulo do bão.
Dedar- Denunciar.
Piqui - Pequi,
fruto típico de
Goiás, bastante usado na culinária goiana.
Mais - Substituto goiano da conjunção 'E'. Ex.: Eu mais
fulano estamos no Goiás.
Pit Dog - Uma espécie
de filho
bastardo de uma lanchonete com uma barraquinha de cachorro-quente.
Apesar desse
nome estranho, os sanduíches são muito bons!
Queijim -
Rotatória.
Tem base? - Expressão tão goiana que existe até em slogan
impresso em bandeiras e camisetas exaltando o Estado: Sou goiano. Tem
base?. Pode ser traduzido
como 'Pode uma coisa dessas?', só que
usado com muito mais frequência. Em neo-goianês:
Têm bas?
Tamém - Também,
muitas vezes
audível como (toméin).
Ocê - Você.
Num - Não. Ex: Uai, que que
foi
que ocê num foi lá in
casa?
Errensga -Mesmo que rensga!
Rensga -Admiração ou surpresa extrema.
Ex: Uma pessoa diz: Ganhei
na mega-sena!/ A outra
responde: rensga!
Rê -Mesma coisa que Rensga, goiano é
econômico.
Mandruvá - Mandorová.
Dar Trela-Loucura,geralmente
ataque de risos.
Coró -Mesmo que
mandruvá.
Dar rata - Algo como cometer uma gafe. Ou seja, dar rata
é o goianês para 'fazer
merda'
Calçada - Pode significar: 1.
Lugar para estacionar carros; 2.
Local onde se colocam
as mesas dos botecos e restaurantes. 3. Ponto de venda dos camelôs.
Note que
não existe, em Goiás, calçada no sentido de lugar para pedestre, pois
não sobra
espaço para pedestres entre os carros e as mesas.
Anêim - Algo que
parece ter
vindo de 'Ah, não!', que virou 'Ah, nem!' Mas, às vezes, é simplesmente
usado
na frase com um sentido de desagrado. Quando vejo escrito por aí, vejo
o povo
escrevendo 'anein', 'aneim',
'anêim' e outras
variantes. Ex.: se eu ia viajar com
a turma e de repente não posso mais, alguém exclama: 'Anêeeim,
cara! Que pena!'
Abusar - Tirar onda, fazer troça, zombar, ridicularizar,
fazer piada de...
Arve - Árvore
(isso lembra 'As arvres
somos nozes')
Arvinha - Árvore
pequena.
Diminói -
Diminuir, abaixar.
Ex: Diminói o volume desse tren
minino!! (uma mãe goiania ordenando que o filho
baixe o volume da TV)
Altia - Aumentar,
elevar. Ex: Altia que
eu quero escutar! (um pai goiano querendo ouvir a
TV)
Arvona - Árvore
grande.
Madurar - Amadurecer.
lascou - Amplo
sentido, pode ser
o mesmo que "Fudeu!",
mas também usado para
arremessar objetos. Ex. Ele veio ni
mim e eu lasquei
a pedra na fuça dele.
fuça - Tanto se
refere ao
focinho dos animais, como para cara rosto de uma pessoa, fazendo logo
uma
referência aos porcos que fuçam a lama.
Corgo - Lê-se córrr-go. Córrego.
Corguim - Lê-se córrr-guim. Diminutivo de corgo.
Quando é fé - Algo como de repente, ou até que. Ex.:
'Estava no consultório do dentista, ouvindo aquele barulhinho de broca,
e
quando é fé sai um menininho chorando de lá.'
Em neo-goianês: Quandefé.
Provar -Experimentar
Num dô conta - Pode ser
traduzido como Não consigo, não sei,
não quero, não
gosto, etc. No resto do País, não dar conta é usado mais no sentido de
'não
aguentar'. Por exemplo: Não dei conta do recado, ou Não dou conta de
comer isso
tudo sozinho. Já aqui em Goiás é usado para quase tudo. Ex.: Num
dô conta de falar
inglês ('não sei falar inglês'); Num
dô conta de
continuar em Goiânia nas férias ('Não
quero/não aguento continuar em Goiânia nas férias); Num dô
conta de imprimir usando esse programa ('não sei imprimir
usando esse
programa').
De sal - Salgado. Ex.: Pamonha de Sal. (Eu jurava que era
de milho… dãã)
De doce - Se 'de sal' é salgado, então 'de açúcar' é
doce, certo? Errado! Em Goiás as coisas não são doces, elas são de doce.
Esbaforido(a) -
Quando se está cançado.
Aguniado(a) - Quando não está suportando
mais algo, ou seja com
agonia.
Tãotá -
Aglutinação tosca de
"então tá" Ex: Tãotá
combinado pra amanhã a
noite no posto de gasolina.
Tãotabão - "Então
está
bom"
Esturdia - Se refere a um fato passado variação de
"esses dias". Ex: Esturdia eu tava jogando bola...
Talrisveis - O
simples talvez. ex: vÔ vai comprar kisuqui hj?
Talrisveis
meu fii, talrisveis.
Apertume - Muito
apertado,
apertado mesmo, apertado de com força.
Posar - Dormir.
De com força - O cúmulo da ênfase. Quando os
nativos não tem mais palavras pra se expressar. Ou em bom
goianês: "Di cum
força".
Segue toda vida - Quando algum goiano tenta orientar um
turista perdido e quer dizer que deve andar por muito tempo em
linha reta, ou
seja, pra frente
por uma longa distância.
Caçar -. Goiano não procura,
goiano caça. Ex.: “Estive te caçando o dia inteiro”.
“Não sei onde está,
mas vou caçar esse papel para você.”
Trem - Qualquer coisa pode ser chamada de trem, inclusive
um trem. Ex.: “Ôôô
trem bão!”
(ô, coisa boa!) Já ouvi até mesmo a seguinte declaração de amor: “Te
amo,
Trem!”.
Dimais da conta -
Em Goiás,
deve-se evitar utilizar a palavra “demais” isolada. A forma correta é
“demais
da conta”. Ex.: “Gosto disso demais da conta!”. “Conheço a região
demais da
conta!”
Custoso - Teimoso. Também ouço como se fosse algo que dê
trabalho. “Esse moleque é custoso demais da conta!”Quando
se encontra uma criança sempre se diz:``eêh,quis
mininu custoso´´!?
Vuadeira - Que já
foi Voadeira
e é Voadora (o golpe, agressão).O
Lindomar - o Sub-Zero
brasileiro, cavaleiro goiano - deu uma vuadeira
na babá má!
Ou quá? - Algo como “ou
o
quê?”. Ex.: “Você vai sair com a gente ou quá?”
Apia - Não pense que eles esta querendo falar com os
PINTOS (ave filhote de galinha) e sim pedindo pra você descer...(
VAMOS APIA = VAMOS DESCER)
Mala - No resto do mundo, significa pessoa chata,
insuportável. Lá, é como se chamam espertos, políticos e malandros em
geral.
Vô ligá lá in casa - Na
Goiânia
e no Goiás, não se telefona "para", e sim "em",
"na" ou "no".
Oruvalho - Orvalho.
Tá cedo moço! - Expressão utilizada quando alguém de
despede em Goiás, mesmo tendo ficado mais de 5 horas seguidas.
Enriba, Riba ou
Sunga - O mesmo
que ``em cima´´.``Vô lá prá riba agora´´.``Sobe
lá Enriba dá taba´´. Em
neo-goinês: Inriba. Sunga essa
calça vagabundo!.
Taba - Uma somples
Tábua de
madeira.
Por causa di que? - Expressão utilizada quando você quer
saber o por que de
alguma coisa! Em neo-goinês:
Causdiquê
Taquipariu - O mesmo que
"Puta que o pariu"
Gueroba - O mesmo
que Guariroba
Pegou - É usado em diálogos desta maneira: "
Eu 'tava' lá em casa 'vênu'
TV aí meu pai 'PEGOU' e 'falô'
assim ó...
Babalú - Não é
atriz nem
chiclete. É simplesmente o efeito RL numa bike...
Biscreta -
Bicicleta.
Veáco ou veiáco
- Significa esperto, atento ou preparado.
Bicicleteiro - O
mesmo que
ciclista.
Judiação - Interjeição de pena: Ô judiação! Geralmente
usada quando o goiano vê uma pick-up heavy duty
acabada em um poste.
Mota - O mesmo que motocicleta.
Terrêro - o mesmo
que quintal:
"oh minino, sai logo
desse terrêro"
Carcá - enfiar,
colocar, pôr.
Por exemplo: "ocê não me
enche mais o saco senão
eu 'carco' a mão no pé da sua oreia!"
Invinha: Quando
algo vem em sua
direção. Ex.: "Eu tava atravesanu
a rua e invinha a moto
tão rápido que quase que me pega!"
Tendi - O mesmo que Entendi.
Loco - O mesmo que Louco.
Rebuçar -O mesmo
que cobrir.
"Mãaae rebuça eu , tô
com frií!"