Jornal
da Gíria Ano XV- Nº95 – Novembro e Dezembro de 2014
Ouça
aqui giria portuguesa e divirta-se ! (necessario PowerPoint )
Veja o que mandou António Pinho, de Lisboa: A origem da língua portuguesa:
https://www.youtube.com/watch?v=EtBief6RK_I
Veja o que me mandou
Rubem Amaral Junior :
Grupo de
trabalho
debate sugestões de ajustes em acordo ortográfico
Elina
Rodrigues Pozzebom |
22/10/2014, 15h58 - ATUALIZADO EM 23/10/2014, 17h0
O
professor Pasquale Cipro Neto, ao lado da senadora Ana Amélia.
As
duas audiências sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
promovidas nesta semana pela Comissão de Educação, Cultura e
Esporte (CE)
serviram para apresentar à sociedade parte das discussões realizadas
por grupo
de trabalho formado por professores e especialistas em língua
portuguesa.
Instada
por setores da sociedade que apontaram incongruências e dificuldades em
pontos
do acordo, a CE decidiu, em 2012, criar um grupo técnico para apontar e
sistematizar sugestões de melhorias. Dois professores, Pasquale Cipro
Neto e
Ernani
Pimentel, coordenam o grupo,
oficialmente criado no ano passado. Ambos participaram das audiências
desta
semana.
Segundo
a vice-presidente da CE, senadora Ana Amélia (PP-RS), o papel da
comissão é
garantir espaço para o tema ser discutido, mas não serão os senadores a
propor
qualquer alteração no acordo, até por não terem essa prerrogativa.
Também não
se discute a revogação do tratado que unificou a ortografia da língua.
De
acordo com Ana Amélia, o grupo de trabalho vai sugerir ou não um texto
para a
comissão propondo alterações, e a CE então decidirá se as encaminhará
como
contribuição para o Executivo, que poderá tomar as devidas providências.
-
Não vamos mexer na reforma, no conteúdo [do acordo], hífen, trema, x no
lugar
do ch. Isso não é função nossa, dos parlamentares. O grupo técnico vai
sugerir
e a comissão pode acatar ou não as sugestões. Vamos oferecer isso ao
debate,
como contribuição - explica.
A
intenção do grupo, diz Ana Amélia, é abrir espaço para estudiosos e
interessados no tema debaterem e apontarem incongruências nas regras do
tratado. Há reclamações de que o acordo foi aprovado e implantado sem
ter sido
amplamente discutido com grupos representativos. Outras audiências
públicas e
reuniões serão realizadas nos próximos meses para subsidiar o trabalho.
As
regras do acordo deveriam entrar em vigor em definitivo em janeiro de
2013, mas
decreto da presidente Dilma Rousseff alterou o início da adoção
obrigatória
para 1º de janeiro de 2016.
'Inensinável'
Pasquale
Cipro Neto, um dos coordenadores do grupo de trabalho técnico, aponta
vários
problemas no texto do acordo, como o uso de hífen em pé-de-meia, uma
exceção
consagrada pelo uso, e a abolição em pé de moleque, que poderia levar
hífen
pela mesma justificativa. Não há uma explicação lógica para as
escolhas,
avalia. Há também muitos problemas com o prefixo pré.
-
Do jeito que a coisa está hoje, pode se dizer que a grafia da língua
portuguesa,
de acordo com o que ficou decidido pelo acordo e pela nota explicativa,
adendo
imenso que a Academia Brasileira de Letras fez ao acordo, é
'inensinável'. Como
vou explicar para o aluno por que determinada palavra é escrita com
hífen ou
não se elas estão no mesmo caso? – questiona.
Para
ele, o acordo de unificação ortográfica na verdade é um “desacordo”,
não foi
feito ao mesmo tempo pelos países lusófonos, assim como a entrada em
vigor não
foi concomitante. Angola e Moçambique até hoje não ratificaram
o acordo e
Portugal ainda não elaborou o vocabulário comum.
-
O acordo ficou dormindo nas gavetas. Foi assinado em 1990 e em 2008, de
repente, houve um faniquito para colocar em vigor de forma atropelada,
com
publicação de livros cheios de problema. A Academia [Brasileira de
Letras]
publicou um dicionário recheado de problemas. Para que tudo isso? –
indaga.
O
professor é adepto da "lapidação" do atual acordo.
-
Eu começaria tudo de novo, mas deixando de lado esse sonho. Vamos fazer
o que é
possível e, em minha opinião, é possível eliminar os problemas do texto
oficial
do acordo, limpar, melhorar, clarear – diz.
Fonética
Em
relação à proposta de reforma pelo sistema fonético, que foi
apresentada pelo
professor Ernani Pimentel, Pasquale mais uma vez ressaltou que é um
ponto a ser
discutido e não uma proposta formal em tramitação na CE.
Pimentel
diz ter o apoio de mais de 30 mil pessoas para deixar de lado o caráter
etimológico da língua – com base na origem das palavras, seja latina,
africana
ou indígena, por exemplo – e valorizar o fonético. Com isso, por
exemplo, chave
passaria a ser escrita com x e sessão, seção e cessão teriam a mesma
escrita:
sesão.
-
Isso é matéria de debate, não é uma proposta do Senado. É uma sugestão
que pode
ser debatida – diz Pasquale.
Especialistas
defendem revisão de acordo ortográfico
Iara
Guimarães Altafin |
22/10/2014, 15h57 - ATUALIZADO EM 23/10/2014, 10h53
Geraldo Magela/Agência Senado
O
Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa deve ser
mantido, mas
com ajustes em situações de falta de clareza nas regras de grafia para
facilitar a aplicação e o ensino das novas regras. Essa posição foi
defendida
pela maioria dos especialistas ouvidos nesta quarta-feira (22) na
Comissão de
Educação (CE).
Ouvidos
pela Agência
Senado, os especialistas discordam
de proposta de simplificação ortográfica pelo critério fonético, ou
seja, a
escrita das palavras orientada pela forma como se fala. Esse sistema,
se
adotado, levaria ao fim do ch, ç, ss, do h inicial, como na palavra
"hoje", entre outras mudanças. A proposta foi
apresentada na terça-feira (21) pelo professor Ernani Pimentel,
também em audiência sobre o acordo.
Assinado
em 1990 pelos países lusófonos, o acordo entrará em vigor no Brasil em
janeiro
de 2016. No entanto, desde 2008, com a promulgação do texto, está em
curso o
processo de transição para as novas regras, já adotadas por editoras,
escolas,
veículos de comunicação e órgãos públicos. Desde então, o
acordo tem sido
criticado por imprecisões e regras pouco claras, que permitem
diferentes
interpretações.
Carlos
André Pereira Nunes, professor de Língua Portuguesa e Redação Jurídica,
relatou
divergência entre o acordo e o Vocabulário Ortográfico da Língua
Portuguesa
(Volp), editado pela Academia Brasileira de Letras (ABL).
—
É preciso criar um protocolo mais rigoroso sobre fontes da ortografia
da língua
portuguesa. Qual é a fonte da ortografia? É o acordo? É o vocabulário
[publicado pela ABL]? — questionou Nunes.
Texto
nebuloso
Crítico
do acordo, o professor Pasquale Cipro Neto, consultor de Língua
Portuguesa,
afirma que o texto é "nebuloso", permitindo duas grafias para a mesma
palavra, como sub-humano e subumano, e critérios diferentes para
palavras que
deveriam ser regidas por uma mesma regra, como prequestionar e
pré-qualificar,
como consta do Volp.
—
Não existe obra perfeita, mas os fatos mostram que houve atropelo. Fica
evidente que o texto carece de polimento, de uma aparada, de soluções
concretas. O acordo precisa passar por uma revisão, precisa ser
clareado —
disse.
Entre
os ajustes sugeridos, Pasquale Neto destaca a necessidade de solução
"mais
racional e objetiva" para o uso do hífen, posição também defendida por
Antônio Martins de Araújo, presidente da Academia Brasileira de
Filologia.
—
O acordo tem que ser celebrado, mas a Academia Brasileira de Filologia
bate pé
firme em favor da simplificação máxima do uso do hífen — disse Araújo.
Alteração
multilateral
Na
opinião da professora Stella Maris Bortoni, da Associação Brasileira de
Linguística (Abralin), não há espaço para revisões unilaterais do
acordo.
—
A Abralin recomenda que se consolide acordo ortográfico. O Brasil é
signatário
do acordo, feito no âmbito da CPLP [Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa], e não deve fazer alterações unilaterais. Qualquer
alteração deve
ser multilateral, no âmbito da CPLP — afirmou.
Stella
Maris considera urgente a conclusão do vocabulário comum entre os
países
signatários do acordo. Ela sugeriu aos senadores da CE que lancem mão
da
autoridade da comissão para recomendar pressa na finalização desse
compromisso
da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Ao
fim do debate, o gramático Evanildo Bechara, membro ABL e representante
junto à
CPLP, informou que o Instituto de Linguística Teórica e Computacional
(Iltec)
está encarregado de fazer uma revisão no acordo, o que vem sendo
realizado por
um grupo especialistas convocados junto aos oito países signatários do
acordo.
As
sugestões de ajustes apresentadas nos debates na Comissão de Educação,
disse
Bechara, poderão ser consideradas pelos especialistas do Iltec.
—
Vou levar para eles as contribuições para a melhoria do texto do acordo
de 1990
— afirmou.
Bechara,
no entanto, enfatizou que não estará em exame a proposta de
simplificação
ortográfica que sugere a mudança do sistema misto atual, etimológico e
fonético, para o sistema puramente fonético.
Mediação
Na
condução do debate, a vice-presidente da CE, senadora Ana Amélia
(PP-RS),
explicou que a comissão exerce o papel de mediação, para que os
especialistas
cheguem a um entendimento para o aperfeiçoamento do acordo ortográfico.
—Não
estamos aqui nem de um lado, nem de outro. Queremos chegar a esse ponto
de
reconhecer: existem falhas no acordo? Então, estamos buscando
exatamente este
centro para aperfeiçoá-lo, seja em forma de errata, na forma de
explicação ou
de qualquer outra forma. Esse é o nosso papel — observou.
Comissão
de
Educação retoma nesta quarta debate sobre acordo ortográfico
Da Redação |
22/10/2014, 10h03 - ATUALIZADO EM 22/10/2014, 11h03
A
partir da esquerda, Carlos André, Bechara, Ana Amélia, Pasquale e
Stella Maris
Geraldo
Magela/ Agência Senado
O
debate sobre o acordo ortográfico promovido pela Comissão de Educação,
Cultura
e Esporte (CE) foi retomado há pouco nesta quarta-feira (22) sob a
presidência
da senadora Ana Amélia (PP-RS).
Desta
vez, serão ouvidos Pasquale Cipro Neto, professor e consultor de Língua
Portuguesa; Stella Maris Bortoni de Figueiredo Ricardo, professora e
membro da
Associação Brasileira de Linguística; Evanildo Cavalcante Bechara,
professor e
Membro da Academia Brasileira de Letras; e Carlos André Pereira Nunes,
professor de Língua Portuguesa e Redação Jurídica.
A
CE formou um grupo de Trabalho Técnico (GTT) para debater dificuldades
na
implantação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que deveria
entrar
definitivamente em vigor em janeiro de 2013. Graças à sua
interferência, a
implantação definitiva foi adiada para janeiro de 2016 por decreto da
presidente Dilma Rousseff
Especialistas
divergem em
relação ao acordo ortográfico
Elina
Rodrigues Pozzebom e Iara Guimarães Altafin |
21/10/2014, 18h27 - ATUALIZADO EM 22/10/2014, 10h08
Bechara
e Pimentel, com o senador Cyro Miranda ao centro,
divergiram em relação a novas mudanças
m
debate nesta terça-feira (21) na Comissão de Educação, Cultura
e Esporte (CE), o gramático Evanildo Bechara, membro da Academia
Brasileira de
Letras (ABL), defendeu o Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa, enquanto
Ernani
Pimentel, presidente do Centro de Estudos Linguísticos da Língua
Portuguesa,
cobrou maior simplificação gramatical.
As
regras do acordo já são adotadas no país, por exemplo por
editoras, mas só serão obrigatórias a partir de 2016. Pimentel, no
entanto, é
contra as mudanças, argumentando que não houve diálogo com a sociedade
e com
quem atua na área.
Ele
lidera movimento para adoção de critério fonético na
ortografia, ou seja, a escrita das palavras orientada pela forma como
se fala.
Por esse critério, a palavra "chave", por exemplo, seria escrita com
x (xave), sem preocupação em considerar a etimologia.
–
O ensino baseado na etimologia, na pseudoetimologia, é dos
séculos que se foram. Podemos agora discutir formas mais objetivas e
racionais
– diz Pimentel, ao afirmar que a simplificação evitaria que as novas
gerações
sejam submetidas a “regras ultrapassadas que exigem decoreba”.
Em
sentido oposto, Evanildo Bechara considera que a
simplificação fonética, “aparentemente ideal”, resultaria em mais
problemas que
soluções, pois extinguiria as palavras homófonas - aquelas que têm o
mesmo som,
mas escrita e significados diferentes. Como exemplo, ele citou as
palavras
seção, sessão e cessão, que ficariam reduzidas a uma só grafia – sesão
–, o que
prejudicaria a compreensão da mensagem.
–
Aparentemente teríamos resolvido um problema ortográfico, mas
criaríamos um problema maior na função da língua, que é a comunicação
entre as
pessoas – frisou.
Facilitação
no ensino
No
debate, Pimentel afirmou que a simplificação da gramática
tornaria mais eficiente e racional o ensino da língua portuguesa nas
escolas,
facilitando o aprendizado e reduzindo custos. Ele ressaltou que
simplificação
já conta com 36 mil apoiadores, entre professores e alunos do ensino
médio e
superior.
Já
Bechara disse que, para a ABL, dificuldades na alfabetização
e no ensino da língua escrita não se resolvem com a simplificação
ortográfica.
Se fosse assim, afirmou, seria grande o número de analfabetos na França
e na
Inglaterra, uma vez que as ortografias francesa e inglesa estão entre
as mais
complicadas. Ao contrário, observou, são países que estão “na vanguarda
da
civilização”, resultado de escolas de qualidade e professores
competentes.
Na
opinião do gramático, o acordo ortográfico reúne qualidades e
representa um avanço para o uso do idioma e para unificar regras entre
os
países lusófonos. Ele ressaltou que os países que assinaram o acordo
poderão,
depois da implementação das novas regras, aprovar modificações e
ajustes, caso
necessário.
Também
Thais Nicoleti, consultora de língua portuguesa da Folha
de S. Paulo e do portal UOL, elogiou mudanças promovidas pelo acordo
ortográfico. Ela pediu, por outro lado, que o ensino do português nas
escolas
seja aprimorado, com exigência de mais leitura.
–
A criança deve ser levada a ler, para que saiba se comunicar
oralmente e por escrito. Temos que mudar nossas aulas, e não mudar a
língua
para ficar mais fácil de ensinar – criticou.
Adesão
ao acordo
Ao
comentar relatos de resistência ao acordo ortográfico em
Portugal, Bechara afirmou que as críticas seriam localizadas e que
revelam
desconhecimento das mudanças propostas. Ele destacou que as novas
regras têm a
aprovação dos especialistas que representam Portugal nos fóruns de
discussão do
assunto.
Quanto
à dificuldade de adesão em Angola e Moçambique, o
gramático considera normal que implantação do acordo seja mais
demorada
nesses países, devido à existência de diversas línguas locais, ao lado
do
português.
Debate
revela divergências sobre
acordo ortográfico
Da Redação |
21/10/2014, 13h10 - ATUALIZADO EM 21/10/2014, 16h12
Edilson Rodrigues / Agência
Senado
Debate
realizado na Comissão de Educação (CE) expõe divergências
quanto à implantação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa,
assinado em
1990 e que deverá estar implantado no Brasil em janeiro de 2016.
Evanildo
Bechara, membro da Academia Brasileira de Letras, defende a adoção das
regras
previstas no acordo para a uniformização gramatical entre os países que
têm a
língua portuguesa como idioma oficial — Angola, Moçambique, Cabo Verde,
Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal.
Ele
nega que o acordo tenha sido rejeitado por Portugal e diz ser
compreensível que
países que tenham, ao lado do português, línguas locais, como Angola e
Moçambique, tenham mais dificuldade em implantar a unificação
gramatical.
Já
Ernani Pimentel, presidente do Centro de Estudos Linguísticos da Língua
Portuguesa, defende a simplificação gramatical com a adoção de critério
fonético, ou seja, a escrita das palavras se daria pela forma como se
fala.
Para
Pimentel, esse sistema tornaria mais simples o processo de
alfabetização e
atenderia à rapidez da comunicação pela internet, que submete as
pessoas a
inúmeras palavras novas a cada dia.
Ao
discordar do argumento, Bechara afirma que o francês e o inglês são
idiomas com
gramáticas mais complexas e mesmo assim o ensino dessas línguas é
eficiente,
devido a boas escolas e professores competentes.
Também
participam do debate Thaís Nicoleti, consultora de Língua Portuguesa da
Folha
de S.Paulo e do UOL, para quem as dificuldades de adaptação ao novo
acordo vêm
sendo superadas; e Antônio Martins de Araújo, presidente da Academia
Brasileira
de Filologia, que destacou a necessidade de maior atenção a acentos e
hífens
numa nova grafia da língua portuguesa.
Especialistas
discutem acordo
ortográfico em audiência na CE
Da
Redação |
21/10/2014, 10h19 - ATUALIZADO EM 21/10/2014, 15h36
A
partir da esquerda, Martins, Bechara, Cyro, Ernani Pimentel e
Thais Nicoleti, no debate desta terça na CE
Edilson
Rodrigues / Agência Senado
A
Comissão de Educação (CE) realiza neste momento
audiência pública para discutir o Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa,
assinado em 1990 e que deverá estar implantado em janeiro de 2016. As
novas
regras devem valer para os oito países que têm o português como língua
oficial:
Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe,
Timor Leste,
Brasil e Portugal.
O
debate integra as atividades do grupo de trabalho
criado em 2013 pela CE para propor a simplificação e o aperfeiçoamento
do
acordo ortográfico. Os especialistas devem apresentar até março de 2015
uma
proposta aos senadores, que será então levada ao Executivo, para ser
discutida
com os outros países de língua portuguesa.
Participam
do debate Ernani Pimentel, presidente do Centro de
Estudos Linguísticos da Língua Portuguesa e membro do grupo de trabalho
da CE;
Evanildo Bechara, membro da Academia Brasileira de Letras; Antônio
Martins de
Araújo, presidente da Academia Brasileira de Filologia; e Thais
Nicoleti,
consultora de Língua Portuguesa da Folha de São Paulo e do UOL.
Acordo
ortográfico
será tema de audiências na próxima semana
Da Redação |
17/10/2014, 14h20 - ATUALIZADO EM 17/10/2014, 15h13
Edilson Rodrigues/Agência
Senad
O
Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa será tema de
duas
audiências públicas na próxima semana. Devem ser relatadas nas
reuniões, na
terça (21) às 10h e na quarta (22) às 9h30, as discussões realizadas
por um
grupo de trabalho formado por professores e linguistas por iniciativa
da Comissão de Educação (CE).
O
acordo ortográfico, assinado em 1990 e em vigor desde 2007, teria de
ser
seguido obrigatoriamente no Brasil a partir de 1º de janeiro de 2013,
mas o
prazo foi prorrogado até 1º de janeiro de 2016, por decreto da
presidente da
República, Dilma Rousseff. Parte dos países lusófonos, como Portugal, é
contrária
às mudanças propostas para a unificação da ortografia.
Em
outubro de 2013, a CE criou, a pedido da senadora Ana Amélia (PP-RS),
vice-presidente da comissão, um grupo de trabalho formado por
professores e
linguistas para analisar o acordo e sugerir meios de facilitar a
implantação
das novas regras.
Os
especialistas têm usado o espaço para trocar opiniões a respeito da
implantação
definitiva do acordo e de possíveis alterações em seu conteúdo.
Qualquer
proposta formal de mudança, no entanto, dependerá da concordância dos
senadores. Em agosto deste ano, o presidente da CE, Cyro
Miranda
(PSDB-GO), refutou
que o Senado esteja tentando reformar a língua portuguesa,
como chegou a ser veiculado na imprensa e disseminado pelas redes
sociais.
Foram
convidados para os debates da próxima semana o professor e membro da
Academia
Brasileira de Letras Evanildo Bechara; o professor Pasquale Cipro Neto;
o
professor Ernani Pimentel; o presidente da Academia Brasileira de
Filologia,
Antônio Martins de Araújo; a professora Stella Maris, da Associação
Brasileira
de Linguística (Abralin); e a consultora de Língua Portuguesa da Folha
de São
Paulo, Thaís Nicoleti.
Nossa
língua vai ficar mais simples
Reforma
Orotgráfica.
Considerações
do jornalista Wilson Ibiapina
O
omem disse que oje vai xover. É assim que
passaremos a escrever se forem aprovadas as mudanças sugeridas para na
nova reforma
ortográfica da língua portuguesa. A proposta de mudança feita pelo
professor
Ernani Pimentel, dono de uma rede de cursos preparatórios, inclui
também outras
mudanças. Por exemplo, palavras grafadas com “Ç”, “SS” e XC passariam a
ser
escritas com um “S”.
A
simplificação do idioma inclui a extinção do H no
inicio das palavras, bem como do CH, que seria substituído por X.
Professores
de português de todo o país já se manifestaram contra. Alguns acham uma
besteira sem tamanho o argumento de Pimentel de que a simplificação
facilitaria
o aprendizado.
A
dificuldade de alfabetizar não diz respeito à
grafia das palavras, mas sim ao método de ensino do professor. O
assessor do
Museu da Língua Portuguesa e professor da USP, Ataliba de Castilho, diz
que “é
preciso o professor ajudar o estudante a compreender as diferenças
entre língua
falada e escrita. Mudar as letras não muda esse processo.”
O
professor Ernani Pimentel faz parte do grupo de
trabalho técnico do Senado criado no ano passado para revisar o acordo
ortográfico
de 2009. O senador goiano Cyro Miranda, presidente da Comissão de
Educação e
Cultura do Senado diz que as ideias do professor Pimentel não
representam a
opinião do grupo formado também pelo professor Pasquale Cipro Neto e os
senadores Cristovam Buarque e Ana Amélia Lemos.
Essas
mudanças lembram-me a história do cara que
pede a secretaria para redigir uma convocação de todos os empregados
para uma
reunião na sexta feira. A moça para de escrever e levanta sua dúvida :
- chefe,
sexta é com s ou com x? E o chefe: transfere pra quinta.
O
novo acordo ortográfico, assinado em 2008 só
entrará em vigor em 2016. Até lá, vão tentar fazer mais mudanças na
“última
flor do Lácio, inculta e bela”, como diria Olavo Bilac
LENGUAJE
Los
americanismos crecen en el nuevo diccionario de
la Lengua Española
Amigovio,
lonchera o basurita, los americanismos crecen en la nueva edición del
diccionario de la Lengua Española presentado este jueves en la Real
Academia
española de la Lengua (RAE) en Madrid, coincidiendo con el
tricentenario de la
institución.
FOTO
La
nueva
edición del Diccionario de la Real Academia
española de la Lengua. Foto: EFE
MADRID
AFP
La
vigésimo tercera edición del Diccionario,
elaborada en
estrecha colaboración con las academias americanas de la lengua,
incluye 18.712
acepciones de origen americano. "Desde una marca general de América a
la
de un país cualquiera", explicó el director de la obra, Pedro Álvarez
de
Miranda.
La nueva edición del Diccionario, trece años después de su última
salida en
2001, se ha armonizado con el Diccionario de Americanismos, de manera
que se
"ha acordado la inclusión de los americanismos que se usen al menos en
tres países", añadió Álvarez de Miranda.
Así aparece ahora "amigovio", una voz coloquial usada en Argentina,
México, Paraguay y Uruguay, para referirse a la "persona que mantiene
con
otra una relación de menor compromiso formal que un noviazgo", fruto de
la
fusión de amigo y novio.
También se incluye "lonchera", el "recipiente pequeño de
plástico u otro material, que sirve para llevar comida ligera,
especialmente
los niños cuando van a la escuela", o "basurita", para referirse
a "la partícula de suciedad, especialmente la que se introduce en un
ojo".
Escrache
tendrá que esperar .
Sin
embargo, algunas palabras tendrán que esperar mejor ocasión, como el
argentinismo "escrache", "que tuvo una vida fulgurante hace como
un año y que podía haber entrado, pero los académicos han decidido
esperar", explicó Álvarez de Miranda.
"Hubo una colaboración muy entusiasta de las academias americanas",
aseguró el cubano Humberto López Morales, secretario general de la
Asociación
de Academias de la Lengua Española.
Con 93.111 entradas, frente a las 88.421 que tenía la 22ª edición, la
obra
también da cabida a un lenguaje renovado, con sitio para las palabras
procedentes de las nueves tecnologías como "tuit",
"tuitero", "hacker" o "pantallazo", para la
"captura del contenido que se visualiza en la pantalla de una
computadora".
"Hemos sido más rápidos de lo habitual aceptando 'tuit' y 'tuitero'",
dijo el director de la RAE, José Manuel Blecua.
El diccionario "intenta reflejar como un modelo lo que es la situación
de
la lengua en estos momentos", explicó Blecua.
100.000
ejemplares .
Álvarez
de Miranda explicó que se empezó a trabajar en esta nueva edición desde
que
salió la anterior, pero "se aceleraron los trabajos desde 2011 a
2014" para que pudiera coincidir con el tricentenario de la RAE.
El diccionario llegó este mismo jueves a las librerías "con una tirada
de
best-sellers de 100.000 ejemplares entre España y América", dijo la
directora general de la editorial Espasa, Ana Rosa Semprún.
Se vende como un solo tomo de tapa dura en España a un precio de 99
euros,
mientras que en América también se ha puesto a la venta una edición "en
dos tomos a un precio más bajo" de 70 euros, añadió Semprún.
"Estamos trabajando para la versión que ofreceremos en la red, en la
página de la Real Academia. Esperamos que en plazo de 2 o 3 meses se
pueda ver
la nueva versión" del diccionario, aclaró el secretario de la RAE,
Darío
Villanueva.
Mientras tanto, se podrá seguir consultando en línea la 22ª edición del
diccionario, añadió Villanueva.
La nueva obra tendrá su puesta de largo oficial el viernes en una
ceremonia en
la que los reyes de España, Felipe y Letizia, presidirán la sesión
institucional de clausura del tricentenario de la Real Academia
española de la
Lengua