Jornal
da
Gíria Ano XXII- Nº 143 Maio e Junho de 2022
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nosso Facebook,com as últimas questões gírias e da língua portuguesa.
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sobre alínguaportuguesa e que é do seu interesse conhecer.
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giria portuguesa e divirta-se ! (necessario PowerPoint )
Veja o que mandouAntónio Pinho, de Lisboa: Aorigem da línguaportuguesa:
https://www.youtube.com/watch?v=EtBief6RK_I
Veja o que me mandouRubem Amaral
Junior :
Ouça olink
do programaSem Papas na Língua, com Ricardo Boechate
Dionisio de Souza
naBand News Fluminense, em 19,07.2018sobre o lançamento da 9ª. Edição
do Dicionário de Gíria.
https://fatosfotoseregistros.wordpress.com/2018/07/19/spl20180719/
O Prof. JB Serra e Gurgel, autor entre outros livros, do Dicionário de Gíria, em 9ª. edição,
foi empossado na cadeira 27 da Academia Cearense de Letras e Artes, do Rio de Janeiro, que tem o marechal Juarez Távora, como patrono.
Foi em 26.04.2022, no pós pandemia, em ato nas dependências do Museu da República, no Catete. Não deveria falar de si nem de gíria; ica o registro.
Na oportunidade, fez as seguintes declarações?
#”Meus conterrâneos brasileiros do Ceará.
Somente, quando nos libertamos de Pernambuco em 1799, o nosso Ceará adquiriu luz própria. Antes fomos quintal do Maranhão e de Pernambuco, que em nada nos ajudaram.
Desde então somos um povo independente, dono dos nossos destinos Não somos melhores nem piores do que ninguém, mas temos dentro de nós algo que poucas tribos , ocupantes dos estados brasileiras ,
tem: a cearensidade, um sentimento de humidade e grandeza, de caráter e dignidade.
Nesta oportunidade em que me junto a vocês aqui nesta Academia Cearense de Ciências, Letras e Artes no Rio de Janeiro, saúdo e a agradeço a todos, que aceitaram que este filho de Acopiara ,
uma cidade que é centro do mundo e que está entre os hemisférios sul e norte e próximo à linha do Equador , para seguir adiante nesta caminhada de vida.
Saúdo também o patrono da cadeira que me coube escolher, um dos mais notáveis cearenses do .século xx, (nasceu em 14 de janeiro de 1898 e morreu em 18 de julho de 1975, com 77 anos)
o marechal Juarez do Nascimento Fernandes Távora, de uma ilustre família de Jaguaribe mirim, terra natal do meu avo materno, Nelson Nunes Serra e que em maio de 1973, aqui no Rio de Janeiro,
me fez chegar no escritório de Ibrahim Sued, com que trabalhei, o exemplar de seu livro 1º livro de Memórias, Uma Vida e Muitas Lutas, Da Planície à Beira do Altiplano..
Os Távora tiveram uma forte presença na política do Ceará.
Juarez marcou presença na política brasileira no século xx. Neste século, o Ceará teve dois presidentes da Republica: o Ministro José Linhares, que assumiu com o fim do 1º Governo de Getúlio Vargas e o Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco.
Poderia ter tido um terceiro, se Juarez Távora: não fosse tão desprendido, pois antes de Getúlio Vargas chegar ao Rio de Janeiro, como vencedor da Revolução de 30,
lhe foi oferecida a Presidência da Republica pelos comandantes militares ao desembarcar vitorioso que campanha militar que liderou no Norte e Nordeste, quando foi chamado de Vice Rei do Norte ..
Juarez, por razões jamais reveladas, preferiu aguardar a chegada de Vargas com sua comitiva e que se a aboletou no poder por 15 anos É um episódio ainda não relido pelos cearenses e pelos brasileiros.
Juarez perdeu sua mae com 58 anos em 1913 e seu pai com 96 anos em 1940.
No Rio,, estudou no Pedro ii, na Escola Politécnica entrou para a Escola Militar do Realengo em 1917, sendo declarado oficial em 1919. Serviu em Curitiba, Itajubá e Rio de Janeiro “Participei ativa e conscientemente do levante militar de 5 de julho de 1922,
feito como protesto contra atos do Presidente Epitácio Pessoa, que foram considerados ofensivos á dignidade do Exercito”, iniciando a uma brilhante trajetória de lutas.
sendo eleito presidente do Clube Militar, que defendia a renúncia de Vargas. .Com a morte dele, no Governo do Presidente Café Filho, ocupou a chefia do Gabinete Militar da Presidência da República..
e recebeu mais votos que JK no Estado de São Paulo e no então Distrito Federal (locais onde Adhemar de Barros venceu), além de ficar em segundo lugar em outros estados. Ressalte-se essa foi a primeira vez Republica em
que a diferença entre os dois primeiros colocados ficou abaixo dos 10% e um Presidente da República foi eleito com menos de 40% dos votos.
a participação no esforço brasileiro de guerra, sua acensão à general e o atentado à Getúlio Vargas;O volume 3 - Voltando à Planície, em que discorre sobre sua disputa à Presidência da República, seu mandato de Deputado Federal,
a Revolução de 1964 e sua gestão como Ministro da Viação e Obras Públicas!
Publicou vários livros , sendo o primeiro em 1927 “Sobre a Revolução brasileira de 1924., Petróleo para o Brasil, em 1955, Átomos para o Brasil e m1958, Uma política de Desenvolvimento para o Brasil em 1962.
que tem lugar na História do seu país e do nosso Estado.
Um achado de gírias que foram e voltaram e cá estão.
Coletânea completa de palavrinhas e expressões clássicas, antológicas, algumas não tão clássicas, e muitas, superatuais, que no decorrer das décadas, têm enriquecido e encantado o rico vocabulário nacional. São mais de 100 preciosidades,
CENTENÁRIAS
01) À beça (tipicamente carioca, tem mais de 200 anos)
02) Maneiro
03) É sopa
04) É da pontinha
05) Chuchu beleza
06) Eu, hein? Eu, hein, Rosa?
07) Bocó, bocó de mola
08) Supimpa
ANTIGUINHAS
01) Senti firmeza
02) Me engana, que eu gosto
03) Deu mole
04) Muita calma nesta hora!
05) Tudo a que tem direito
06) Tudo magiclick?
07) Não é nenhuma Brastemp
08) Gosto de você de graça!
09) Melhor agora
10) Se melhorar, estraga
11) Desculpe alguma coisa...
12) Não é brinquedo, não!
13) De graça, até injeção na testa!
14) Você é o...?
15) Tipo assim
16) Tá se achando
17) Confira. Vale conferir.
18) Tá ligado?
19) Tô no maior grilo
20) Tô chapado
21) É ruim, hein?!
22) Eu me garanto
23) A fins
MALANDRAGEM
01) Pichulé
02) Apê
03) Busão
04) Breja
05) Galera, galerinha
06) Carinha
07) Sanduba
08) Padoca
09) Cafofo
10) Muquifo
11) Profissa
12) Língua (gravata)
13) Dindim
14) Preju
15) Refri
16. Fotinha
17) Facu
18) Rango
19) Da hora
20) De grátis
21) Bróder, brodinho
22) Parça
23) Floripa
24) Sampa
25) Brasuca
01) Miga
02) Amigucho, Migucho
03) Correndinho
04) Trocentos
05) Roupítchia
06) Modelito
07) Deprê
08) Na-na-ni-na-não
09) Niver
10) Telinha (referindo-se à televisão)
11) Fotinha (fotografia)
12) Sério? Jura? Será? Não creio!
13) É o "ó"!
14) Sarado
01) Gratificante
02) Instigante
03) Natureba
04) Imperdível
05) Papo-cabeça
06) Como um todo
07) Comunidade (Maquiagem para favela)
08) Empoderamento
09) Leniência
10) Resiliência
11) Spoiler
01) Princesa (Na tentativa de agradar balconista, recepcionista)
02) Rachar o bico
03) Beijo no coração (ou na alma)
04) Lindo de viver!
05) Banho de loja
06) Tu tá na fita
07) É bafo
08) Demorô
09) ... Ponto! (Para encerrar o assunto)
10) Ô, glória!
11) Pensa num... (vale qualquer coisa)
12) Gratidão
01) Ops!
02) E aí, beleza? (Mas pode piorar: Belê? Belezinha?)
03) Ô, meu. (Consagrada pelo Faustão, é a cara dele)
04) Você não está einteindeiiindo!...
05) Einteindeu ou quer que eu deseinhe?
06) Vamos combinar...
07) Você é o...?
08) Entendi... Tendi...)
09) Bora lá!
10) Partiu...
11) Até onde eu sei...
12) Domingão
13) Tamo junto!
14) Tchurma
15) A fins
16) Tipo isso...
01) Simples assim...
02) Ninguém merece!
03) É tudo de bom!
04) Fala sério!
05) Me poupe.
06) É o cara!
07) Tá ligado?
08) Pronto, falei
09) Brigaduuu!
10) Ouvi um amém?
01) Sextou!
02) Sexta-breja!
03) Veja bem...
04) Vou estar... (+ qualquer verbo no gerúndio)
05) Então...
06) Enfim...
07) Deu tilt. Deu zebra. Deu ruim.
08) Bebê
01) Bora lá...
02) Que mêda!
03) Né?
04) Nuuussa! Nó!
05) De boa (esta é de matar, mas pode piorar: de boas.)
06) Fechô!
07) Lacrou
08. É nóis!
01) À época. (Durante mais de 700 anos de existência da Língua Portuguesa falou-se 'na época", mas, certo jornalista decidiu
que poderia aprimorar e substituiu a preposição 'em" pela preposição "a"... A adesão veio de forma fulminante e celeremente, ganha corpo.)
01) Na selfie ou em foto de grupo, um panaca apontar o dedo Indicador pro outro, com expressão fisionômica jocosa canastrã.
01. Saudades, Ciúmes (ao invés de Saudade, Ciúme)
"mainha",
"danôsse",
"eita mulesta",
"arrede o pé",
"xero no cangote",
"maluvido",
"que presepada é essa?",
"oh desmantelo",
"visse?
"uó",
"deixe de pantim",
"caba da peste",
"marrapaz/marmenino",
"iapois?",
"mundiça",
"vareit",
"fi duma egua",
"catrevagem",
"bom que só",
"valei-me",
"pegue o beco",
"pia",
"bença?",
"virado na peitica",
"cagada e cuspida",
"deixe de aperreio",
"se avexe não",
"miserávi",
"cabosse",
"deixe de brabeza",
"arriado os 4 pneus",
"o pobe",
"arrudeia",
"onde eu fui amarrar meu jegue?",
"o bixinho",
"pare de bulir aí",
"e foi, foi?",
" vôti",
"ah disgrama",
"destá",
"diabéisso?",
"ta com a bixiga/mulesta",
"infeliz das costas ôca",
"ai dento",
"lá em riba",
"uma ruma",
"sou teus pariceiro não",
"feito a gota serena",
"eu acho é pouco",
"abestalhado",
"num fresque não",
"se não foi, eu cegue",
"ta tronxo",
"teteuba"._
“No frigir dos ovos”?
(autoria
desconhecida)
"Não é à toa que os
estrangeiros acham nossa língua muito
difícil.
Como a língua portuguesa é rica em expressões!
Veja o quanto o vocabulário “alimentar” está presente nas nossas metáforas do dia-a-dia. Aí vai.
Pergunta:
– Alguém sabe me explicar, num português claro e direto, sem figuras de linguagem, o que quer dizer a expressão “no frigir dos ovos”?
Resposta:
– Quando comecei, pensava que escrever sobre comida seria sopa no mel, mamão com açúcar.
Só que depois de um certo tempo dá crepe, você percebe que comeu gato por lebre e acaba ficando com uma batata quente nas mãos.
Como rapadura é doce mas não é mole, nem sempre você tem ideias e pra descascar esse abacaxi só metendo a mão na massa. E não adianta chorar as pitangas ou,
simplesmente, mandar tudo às favas. Já que é pelo estômago que se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o mingau pelas beiradas, cozinhando em banho-maria, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo.
Contudo é preciso tomar cuidado para não azedar, passar do ponto, encher linguiça demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer o pão que o diabo amassou para vender o seu peixe.
Afinal não se faz uma boa omelete sem antes quebrar os ovos. Há quem pense que escrever é como tirar doce da boca de criança e vai com muita sede ao pote. Mas como o apressado come cru, essa gente acaba falando muita abobrinha,
são escritores de meia tigela, trocam alhos por bugalhos e confundem Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão.
Há também aqueles que são arroz de festa, com a faca e o queijo nas mãos, eles se perdem em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese… etc.). Achando que beleza não põe mesa, pisam no tomate,
enfiam o pé na jaca, e no fim quem paga o pato é o leitor que sai com cara de quem comeu e não gostou. O importante é não cuspir no prato em que se come, pois quem lê não é tudo farinha do mesmo saco.
Diversificar é a melhor receita para engrossar o caldo e oferecer um texto de se comer com os olhos, literalmente. Por outro lado se você tiver os olhos maiores que a barriga o negócio desanda e vira um verdadeiro angu de caroço.
Aí, não adianta chorar sobre o leite derramado porque ninguém vai colocar uma azeitona na sua empadinha, não. O pepino é só seu, e o máximo que você vai ganhar é uma banana, afinal pimenta nos olhos dos outros é refresco…
A carne é fraca, eu sei. Às vezes dá vontade de largar tudo e ir plantar batatas. Mas quem não arrisca não petisca, e depois quando se junta a fome com a vontade de comer as coisas mudam da água pro vinho.
Se embananar, de vez em quando, é normal, o importante é não desistir mesmo quando o caldo entornar. Puxe a brasa pra sua sardinha, que no frigir dos ovos a conversa chega na cozinha e fica de se comer rezando.
Daí, com água na boca, é só saborear, porque o que não mata engorda.
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