Jornal Mensal em idioma gírio – Edição 67 – Ano X- Niterói/RJ – julho e agosto de 2010

 

 

 

Em 30.06.2010, chegamos aos 492.719, no "mundo cão" da WEB, consolidando o site como uma referência nos estudos de gíria, na língua portuguesa.

Quem lê o site do Dicionário de Gíria :

Analisamos 2.517 acessos, no Brasil, ao nosso site na última quinzena de junho.

Algumas surpresas em relação aos acessos de 173 cidades: São Paulo liderou os os acesso com 332 visitas, seguindo-se Belo Horizonte, com 218, e Rio de Janeiro, com 200 e Salvador, com 118.

Com mais de 20 acessos, tivemos Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza, Goiânia, Campinas , Recife, Vitoria, Santa Maria, Belém, Ribeirão Preto, Itajaí, Osasco, São Luis, Porto Velho, Santo André,Florianópolis, Cuiabá, São Mateus, Nova Iguaçu e Joinville.

Com menos de 20, São José dos Campos, Teresina, Uberlândia, Londrina, Campo Grande,. Sorocaba, Apucarana, Natal, Vila Velha, Caxias do Sul., Blumenau, Chapecó, Cascavel, Três Corações, Manaus, João Pessoa, Criciúma, Maceió,Lajeado, Niterói, São Vicente ,. Juiz de Fora e Aracaju.

 

Cearensês ou cearês, escolha o melhor aplicativo

Recebi do Sr. José Eurípedes Maia Chaves Junior, cearense de Fortaleza, médico pela UFC, exercendo atividades médicas da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania e no Departamento de Pediatria da UFC., dois livros :

- Vocabulário Popular Cearense, de Raimundo Girão, reimpresso em 2007 pela Fundação Demócrito Rocha, com nota da profa. Maria Silvana Militão de Alencar, mestre em lingüística pela UFC

- Nomes e expressões Vulgares da Medicina no Ceará, de sua autoria, (1985)

O sr. Eurípedes Chaves Junior, como gosta de ser chamado, também é Bacharel em Direito pela UNIFOR, advogado. Sócio colaborador da Comissão Cearense de o Folclore e da Sociedade Cearense de Geografia e História. Possui o diploma de Amigo do Instituto do Ceará.

Neto de Raimundo Girão, auxiliou-o em diversas pesquisas historiográficas. Afopa colaboração esparsa em periódicos locais, publicou:; Raimundo Girão – Polígrafo e Homem Público (roteiro bibliográfico, 1986); Cidade de Mathias Beck – Aspectos de Fortaleza de Sempre (1991); O Aniversário de Fortaleza (Controvérsias & Equívocos), 2008 e organizou o a miscelânea Raimundo Girão, o Homem (1900-2000), em parceria coma profa. Valdelice Carneiro Girão.

Com os livros acima, enriqueço a biblioteca de livros sobre gírias, regionalismo e linguagem ou vocabulário popular do Ceará, assim composta:

- Dicionário de Cearês, de Marcus Gadelha;

- Orélio Cearense, de Andrea Saraiva;

- Vaiando o Sol, de Tarcisio Matos;

- Dicionário de Termos Populares e Corriqueiros do Ceará, de Haroldo Felinto,

- Máximas, Adágios e Legendas de Caminhão, de Carneiro Portela

- Vocabulário Popular Cearense, de Raimundo Girão,

- Nomes e expressões Vulgares da Medicina no Ceará, de Eurípedes Chaves Junior

Vi em casa de Valdo Ferreira Facó, cearense de Beberibe):- Super Dicionário de Cearensês, de Carlos Gildmar Pontes. Estou tentando obter um exemplar.

PUC/SP – Trabalhos sobre gíria

Mestrados:

O prof. Dino Pretti me envia uma pequena relação dos novos trabalhos sobre gíria produzidos no laboratório da USP, em São Paulo, sob sua supervisão.

Elaine Ferreira dos Santos - O discurso de um grupo musical: o rap – 2003

Paula Cristina Veneroso – A divulgação da gíria na imprensa: a descaracterização de um signo – 1999

Márcia Maria Martinelli Elias - A gíria das drogas – 2000

Lea Poiano Stella – "Ta tudo dominado": a gíria das prisões - 2003

Maria Luciana Teles de Oliveira - A gíria dos internos da FEBEM – 2006

Daiana Rodrigues da Silva – "Estilo motoboy": um estudo da caracterização do profissional motofrentista por meio da linguagem – 2010

João Orlando Junior – Batidão: um estudo da variação discursiva na música Funk – 2009

Publicações:

Nilton Tadeu Alonso – Do Arouche aos Jardins: a gíria da diversidade sexual. São Paulo: Annablume: FAPESP, 2009.

O Dicionário de Gíria nas páginas do Diário do Nordeste, de Fortaleza

Publicou o Diário do Nordeste, de Fortaleza, de 18.05.2010

A gíria nossa de cada dia

Estudioso das gírias da Língua Portuguesa, o professor J. B Serra e Gurgel lança a 8ª edição do "Dicionário de Gíria". A obra contém 33 mil verbetes e 735 páginas, incorporando jargões de Portugal, Angola e Moçambique
Isso é uma "balburdia"! Não aguento mais tanto "lenga-lenga". Nossa, que "songa-monga", "levou uma tunda"! Depois daquela "festa de arromba", acho que ele "escafedeu-se". Olha só, você "não sabe da missa a metade"... Quem é que nunca ouviu ou falou esses e outros jargões em algum momento da vida?
Como uma segunda língua do povo brasileiro, tal qual enfatiza o professor J. B. Serra e Gurgel, as gírias são utilizadas por jovens, velhos, adultos e crianças de diferentes classes sociais e credos, constituindo um mecanismo de linguagem bastante comum entre nós. Esse fenômeno sociolinguístico pode implicar diferentes sentidos: ironia, agressividade ou humor. Seu processo de criação se baseia no espírito lúdico, tornando-se uma espécie de jogo de adivinhação entre as mais diferentes culturas. "A gíria é a segunda língua brasileira porque é a mais falada. Todas elas nasceram para grupos fechados, mas quando saem desse círculo, tornam-se de todos nós. As nossas raízes linguísticas são basicamente indígenas, a influência de dialetos africanos na língua oficial é menos de 5%", diz.
Dicionário
Há mais de 20 anos, o professor JB Serra e Gurgel pesquisa as gírias na Língua Portuguesa. A dedicação é tamanha, que o autor já produziu a oitava edição do "Dicionário de Gíria". O livro é composto por 33 mil verbetes e 735 páginas, apresentado aos leitores expressões originárias de Portugal (antigas e atuais), Angola (atuais) e Moçambique (atuais). A edição traz também uma capa ilustrada pelo escritor e pintor cearense Audifax Rios.
A publicação abrange inovações importantes, como a identificação e classificação de gírias por gênero gramatical; ampliação das referências lexicográficas de localidade e datação; a inserção de mais jargões de Portugal, muitos vindos da sétima edição; uma extensão do acervo gírio fundamentado em novas contribuições e pesquisas, com expressões do Amazonas, Ceará, Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Bahia e Goiás.
"Até a edição passada o livro não tinha ´cara´ de dicionário, a primeira publicação, inclusive, era mais um tipo de glossário. Com o tempo, o estudo foi ganhando outro formato".
O professor destacou que durante a pesquisa para o número atual, teve contato, no Real Gabinete Português, no Rio de Janeiro, com a obra "Infermidades da Língua e Arte que Ensina a Emmudecer para Melhorar", de Manuel Joseph Paiva. O livro traz uma série de mil palavras consideradas proibidas de se pronunciar na época (meados do século XVIII), por serem vistas como imorais ou de mau gosto. "Quem as falassem eram severamente punidos. Trago esses termos na nova publicação. Alguns exemplos mais comuns são: ´acabrunhado´, ´andei na roda viva´, ´asneira´, ´baboseira´, ´arco da velha´, entre outros".
A oitava edição também comemora os 250 anos do livro "Infermidades da Língua e Arte que Ensina a Emmudecer para Melhorar", lançado em Lisboa, em 1759. A obra é considerada um dos principais estudos da área em Portugal.
Já no Brasil, os dois marcos iniciais foram o livro de Manuel Antonio de Almeida, "Memórias de um Sargento de Milícias", em 1854; e "O Cortiço" de Aluízio Azevedo, em 1890. Este último possui cerca de 360 gírias. "Minha intenção quando lancei a primeira edição do Dicionário de Gíria, em 1990, foi a de abrir caminho para uma discussão sobre o futuro da língua portuguesa no Brasil. Cada vez mais, fala-se gírias no País e cada vez menos se fala o português. Só eruditos e sábios dominam totalmente o idioma", explica o professor.
Difusão de gírias
De acordo com J. B Serra e Gurgel, fatores como a urbanização forçada e descontrolada, desequilíbrios econômicos e sociais, disfunções políticas e jurídicas, baixa escolarização, exclusão social e massificação dos veículos de comunicação contribuiram para o processo de difusão das gírias no País.

"Acrescente-se o descaso das autoridades públicas com a preservação da língua, como se esta, não sendo brasileira no nome, devesse ser desprezada. Na falada ou oral, a gíria se sobrepõe à norma culta e a linguagem padrão".
Reflexão
O autor ressalta, ainda, que o jargão constitui o comportamento mais importante do modismo linguístico. De maior número de palavras, frases e expressões, associando-se à época e ao módulo de situação. "Costuma-se dizer que cada época tem sua gíria, o que é verdade. Sua característica principal se relaciona, portanto, com a moda. Surge, tem a sua expectativa de vida, desempenha o seu ciclo e finalmente desaparece. Algumas, às vezes são absorvidas pela língua, incorporam-se ao seu patrimônio", destaca.
O pesquisador acredita que os jargões, no geral, são formados por regionalismos e modismos, ganhando força a partir do momento em que são introduzidas nos meios de comunicação de massa, como a TV, o rádio e os jornais populares. "A gíria acha-se difusa, espalhada, como manifestação cultural, o que lhe assegura, no modismo linguístico, uma classificação bem mais abrangente como fenômeno linguístico".
J.B. Serra e Gurgel vê com preocupação a propagação de gírias expostas na internet e, também, as elaboradas por alguns grupos sociais.
"Ao contrário do que se pensa, a gíria renova a língua. Todavia, temo pelos estragos que o mau uso dessas expressões podem ocasionar na língua portuguesa, quando vindas de grupos como rappers e funkeiros, que estão constantemente produzindo gírias, imersas num processo em andamento que ninguém sabe onde isso vai parar. Os regionalismos, por sua vez, já vem sendo estudados e dicionarizados", conclui.
Algumas gírias
Bimbo: brega (País de origem Portugal)
Falta de tomates: falta de coragem (País de origem Portugal)
Galão: café com leite (País de origem Portugal)
Porreiro: muito legal (País de origem Portugal)
Biricoca: cerveja (País de origem Angola)
Pica: vacina (País de origem Angola)
Cafundado: injustiçado (País de origem Angola)
Quentex: bebida forte (País de origem Angola)
Mujimbu : boato (País de origem Angola)
Fiche: legal (País de origem Angola)
Boiado: bêbado (País de origem Angola)
Bassopa: atenção (País de origem Moçambique)
Chambocar: bater (País de origem Moçambique)
Guarda-fato: guarda-roupa (País de origem Moçambique)
Apanhado dos cornos: doido (País de origem Moçambique)
Cabeluda: calção (País de origem Moçambique)
Bazuca: cerveja (País de origem Moçambique)
De borla: grátis (País de origem Moçambique)
Bater o martelo: sair (País de origem Moçambique)
MAIS INFORMAÇÕES:
Dicionário de Gíria, de J. B. Serra e Gurgel
www.dicionariodegiria.com.br ou e-mail: gurgel@cruiser.com.br

ANA CECÍLIA SOARES
REPÓRTER

SÓ QUEM É GOIANO ENTENDE...

Recebi do amigo Waldin Rosa de Lima mais conatribuições sobre o goianês:

Os verbetes abaixo servem para todo o Estado de Goiás.

Arvre - Árvore (isso me lembra 'As arvres somos nozes') 
Arvrinha - Árvore pequena. 
Arvrona - Árvore grande. 
Madurar - Amadurecer. 
Corguim - Lê-se córrr-guim. Diminutivo de corgo. 
Corgo - Lê-se córrr-go. Córrego. 
Quando é fé - Algo como
"de repente" ou "até que". Ex.: 'Estava no consultório do dentista, ouvindo aquele barulhinho de broca, e quando é fé sai um meninin chorando de lá.' 
Deixa eu te falar - Com a variação
"Ow, deixa eu te falar". Introdução goiana para um assunto sério.. Nunca, mas nunca mesmo, chegue para um Goiano falando diretamente o que você tem que falar. Primeiro você tem que dizer "ow, deixa eu te falar", para prepará-lo para o assunto. Em Goiás você precisa seguir o ritual de uma conversação. Ex.: 'E aí, bão? E o Goiás, hein? Perdeu! Tem base? É por isso que eu torço pro Vila. Oww, deixa eu te falar, lembra aquele negócio que eu te pedi...' A forma abreviada é "te falar

Custoso - Essa foi muito bem lembrada, nos comentários. Na definição dela significa teimoso. Também ouço como se fosse algo que dê trabalho. 'Esse moleque é custoso demais da conta!' alguém custoso seria alguém que apronta muito!
Tem base? - Expressão tão goiana que existe até em slogan impresso em bandeiras e camisetas exaltando o estado: 'Sou goiano. Tem base?'. Pode ser traduzido como
'Pode uma coisa dessas?', só que usado com muito mais frequência. 
Chega dói - Chega a doer. Ex.: Deixa eu te falar, essa luz é tão forte que chega dói a vista. Na verdade essa forma pode ser usada com quaisquer outros verbos combinados com o verbo 'chegar'. Ex.: chega arranha, chega machuca, chega engasga. 
Chega doeu - Chegou a doer, ou s eja, o passado de
"chega dói".
Nota do Gump: Muita gente não entendeu o porquê desse verbete no passado se já se usou o verbete no presente; afinal tratar-se-ia de conjugação verbal simples, não é mesmo? Mas a fato é que quando existe uma conjunção verbal, é o verbo auxiliar (chegar) que determina o tempo da conjunção. No Goianês é diferente. É o verbo principal que é conjugado.. 

Encabulado - Impressionado. Ex.: Estou encabulado que você nunca tenha ouvido alguém falar 'chega dói' antes.
Nota do Gump: Também fiquei impressionado (ou encabulado, em goianês) com a quantidade de gente que não entendeu esse verbete aqui. Chegam a colar a definição do dicionário, como que querendo provar que a palavra existe! Mas a palavra existe mesmo, eu nunca disse que não! Só não tem, no dicionário, o sentido usado no Goianês. Isso é igual explicar piada! 
Uai - Palavra que normalmente não tem sentido, mais ou menos como o tchê do gaúcho. Usado normalmente em respostas. Ex.: Pergunta: Goiano, você vai à festa hoje?; Resposta: Uai, vou!.
Nota do Gump: Dá impressão que o uai é parecido com o ué usado em outras regiões. Mas o ué muitas vezes é usado no caso de a pessoa achar a pergunta estranha. Cheguei a me revoltar bastante com o uso do 'uai' nas frases quando vim pra cá, pois achava que as pessoas estavam insinuando que eu estava perguntando alguma idiotice. Só depois aprendi que as pessoas falam uai por falar. 

Num dô conta - Pode ser traduzido como Não consigo, Não sei, Não quero, Não gosto, etc. No resto do país, "não dar conta" é usado mais no sentido de 'não aguentar'. Por exemplo: Não dei conta do recado, ou Não dou conta de comer isso tudo sozinho. Já aqui em Goiás é usado para quase tudo.. Ex.: Num dô conta de falar inglês ('não sei falar inglês'); Num dô conta de continuar em Goiâ nia nas férias ('Não quero/não aguento continuar em Goiânia nas férias); Num dô conta de imprimir usando esse programa ('não sei imprimir usando esse programa'). 
Bão? - Goianês para 'Tudo bem?' Também é usada a forma bããããão? 
Tá boa? - Goianês para 'Tudo bem?' usado para mulheres. Em outras regiões do Brasil seria interpretado de outra forma.... 
Bão mesmo? - É comum usar o 'mesmo?' depois de coisas como 'e aí, tá bom/bão', como se pedisse uma confirmação de que a pessoa tá bem e não apenas fingindo que está bem. 
Piqui - Pequi, fruto típico de Goiás, bastante usado na culinária Goiana. 
Mais - substituto goiano da conjunção 'E'. Ex.: Eu mais fulano estamos no Goiás. 
No Goiás - Em Goiás. 
Na Goiânia - Em Goiânia. 
Pit Dog - Uma espécie de filho bastardo de uma lanchonete com uma barraquinha de cachorro-quente. Apesar desse nome estranho, os sanduíches são muito bons! 
Queijim - Rotatória. 
Mandruvá- Mandorová. 
Coró - mesmo que mandruvá, segundo meus tutores de goianês. 
Dar rata - Algo como cometer uma gafe. Ou seja, dar rata é o goianês para 'fazer gumpice' 
Calçada - Pode significar: 1. Lugar para estacionar carros; 2. Local onde se colocam as mesas dos botecos e restaurantes. Note que não existe em GoiC3s calçada no sentido de lugar para pedestre, pois não sobra espaço para pedestres entre os carros e as mesas.Nota do Gump: Ok, essa foi uma reclamação minha. A única de verdade. Nada contra os botecos. É muito agradável aproveitar o clima gostoso que faz à noite por aqui sem ser no lado de dentro de um bar. Mas que fique um espaço pro pedestre, né? Ter que ir pro meio da rua porque a calçada está tomada por bares e carros (nesse último caso, não tem desculpa!) é phodda. 
Anêim - Algo que parece ter vindo de 'Ah, não!', que virou 'Ah, nem!' Mas às vezes é simplesmente usado na frase com um sentido de desagrado. Quando vejo escrito por aí, vejo o povo escrevendo 'anein', 'aneim', 'anêim' e outras variantes. Ex.: se eu ia viajar com a turma e de repente não posso mais, alguém exclama: Anêeeim, Gump! Que pena!' 
De sal - Salgado. Ex.: Pamonha de Sal. (Eu jurava que era de milho... dãã) 
De doce - Se 'de sal' é salgado, então 'de açúcar' é doce, certo? Errado! Em Goiás as coisas não são doces, elas são de doce.
Caçar - Procurar. Goiano não procura, goiano caça. Ex.: 'Estive te caçando o dia inteiro'. 'Não sei onde está, mas vou caçar esse papel para você.' 
Trem - Qualquer coisa pode ser chamada de trem, inclusive um trem. Ex.: 'Ôôô trem bão!' (ô, coisa boa!) Já ouvi até mesmo a seguinte declaração de amor: 'Te amo, Trem!'. 
Demais da conta - Em Goiás, deve-se evitar utilizar a palavra 'demais' isolada. A forma correta é 'demais da conta'. Ex.: 'Gosto disso demais da conta!'. 'Conheço a região demais da conta!' 
Barriga-verde - como já ouvi aqui em Goiás, 'pra baixo de São Paulo todo mundo é gaúcho'; portanto o termo barriga-verde nada tem a ver com o usado no sul, que significa 'catarinense'. Barriga-verde aqui é um novato, alguém que ainda está 'cru' numa determinada coisa. 
Disco - Um tipo de salgado frito. 
Voadeira - Voadora (o golpe, agressão). 
Ou quá? - Algo como 'ou o quê?'. Ex.: 'Você vai sair com a gente ou quá?' 
Vende-se este - Aqui em Goiânia é muito mais comum ver placas dizendo 'Vende-se Este' colada num carro, do que simplesmente 'Vende-se'. É como se quem escreveu pensasse 'vende-se? Vende-se o que?', mas também ficasse com preguiça de escrever 'Vende-se este carro'. Fica o meio termo. 
Final de tarde - Sabe aquela mania chata das propagandas de uma marca de cerveja de tentar mudar a quarta-feira para Zeca-Feira e o Happy Hour para Zeca-Hora? Pois é, ao menos o Happy Hour já foi aportuguesado por aqui. Chama-se 'Final de tarde', e na prática é o happy hour: você sai do trabalho e vai tomar uma com os amigos. Acompanha espetinho e feijão tropeiro, é claro! 
Fi - Creio que vem de 'Filho', é usado no fim da frase, como se fosse um 'tchê' gaúcho ou um 'meu' paulista. Ex.: 'Esse é o melhor, fi!', 'Nossinhora, fi! Bão demais da conta!'. 
Coca Média - Refrigerante médio é o de garrafinha de 290ml. Ou seja, o menor que costuma ser vendido em restaurantes. Nota do Gump: Na última vez em que estive em Curitiba pedi uma coca média, por costume adquirido em Goiânia, e a mulher ficou me olhando sem entender. :) 
Pronto! Creio que com esse pequeno glossário, você já pode ir no Goiás, comer no Pit Dog sem dar rata e, quando é fé, sentar à sombra de uma arvrona na beira do corguim!

NE: Leia mais sobre o goianês no Jornal da Gíria 55, de setembro/outubro de 2008.

 

PUT A KEEP ARE YOU

É bem engraçado!Leia em voz alta .

Um norte americano, morando há pouquissimo tempo no Brasil, falando e 'o Bem' português faz sua lista de compras para abastecer a casa e vai ao supermercado para tentar encher dispensa e geladeira.
TENDO feito uma lista, a seu modo, e com o carrinho à frente,
Vai lembrando-se lendo a lista do que precisa:

PAY SHE
MAC CAR ON
MY ONE EASY
PAUL ME TOO
ALL FACE
CAR NEED BOY - MAIL KILO (Genial, né?)
AS PAR GOES
KEY JOE (PARM ZOOM)
COW VIEW FLOOR (Fantástica!)
PIER MEN TOM
BETTER HAB
LEE MOON
ALL ME ROOM
BEER IN GEL
THREE GO
PAY TO THE PIER YOU (Simplesmente sensacional!)

Ao final ainda dá um tapa na testa e diz:
PUTZ GRILL LOW!
IS KEY SEE O DEMASIADO ....
PUT A KEEP ARE YOU!

ONDE COMPRAR A 8ª. EDIÇÃO DO DICIONÁRIO DE GIRIA

Poderá ser encontrado nas seguintes livrarias

NO RIO DE JANEIRO- RJ

LIVARIA DA TRAVESSA

BARRA - BARRA SHOPPING, NÍVEL AMÉRICAS

LEBLON - SHOPPING LEBLON, 2

PISO

IPANEMA - RUA VISCONDE DE PIRAJÁ, 572

CENTRO -TRAVESSA DO OUVIDOR, 17

AV RIO BRANCO, 44

RUA PRIMEIRO DE MARÇO, 66, TÉRREO

 

NITEROI-RJ

LIVRARIA GUTEMBERG,

RUA CEL. MOREIRA CESAR 211, LOJA 101

ICARAI

 

BRASILIA-DF

LIVARIA CULTURA

PÁTIO BRASIL

CONJUNTO NACIONAL

LIVRARIAS LIVRO TÉCNICO

FORTALEZA ´CE

DOM JOAQUIM (DISTRIBUIDORA)
Rua Dom Joaquim, 54 - Aldeota
Fortaleza - CE
Tel: (85) 3392.9494

DOM LUIS
Av. Dom Luís, 851 - Aldeota
Fortaleza - CE
Tel: (85) 3433.3888/3889

PRAÇA DO FERREIRA
Travessa Pará, 22 - Pça. do Ferreira
Fortaleza - CE
Tel: (85) 3433.9480/9482

FLORIANO PEIXOTO
Rua Floriano Peixoto, 830 - Centro
Fortaleza - CE
Tel: (85) 3433.9484 / 9483

SHOPPING BENFICA
Av. Carapinima, 2200 Lojas - 126
Fortaleza - CE
Tel: (85) 3131.9410/9411

NORT SHOPPING
Av. Bezerra de Menezes, 2450
Lojas. 271/272 / 2º piso
Fortaleza - CE
Tel: (85) 3433.9489/9488

DRAGÃO DO MAR
Rua. Dragão do Mar, 41 - Loja 01
Fortaleza - CE
Tel: (85) 3433.9410/9411

UNIFOR
Av. Washington Soares, 1321 - Bloco K
Fortaleza - CE
Tel: (85) 3433.6373
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Os internautas poderão comprar diretamente ao autor:

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