Jornalda Gíria Ano XXI- Nº 130 Março e Abril de 2020
 


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Brasileirismos !(necessario PowerPoint)

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O Globo 22-02-2020

 Linguagem militar vira o novo ‘idioma’ do Planalto

Linguagem da caserna vira o novo ‘idioma’ do Planalto

Naira Trindade

23/02/2020 - 04:30

 
BRASÍLIA - Ao receber o texto final da reforma administrativa, o presidente Jair Bolsonaro avisou que iria “papirar” todo

o conteúdo da proposta antes de decidir sobre o envio ao Congresso. A expressão, que num primeiro momento soa estranha a civis,

faz parte de um vasto vocabulário militar que tem se tornado comum no Palácio do Planalto. Em pouco mais de um ano de governo, 

servidores já aprenderam que Bolsonaro não estuda, papira. Não dá dica, dá bizu. E, se a missão é fácil, trata-se de um “galho fraco”.

Três semanas atrás, quando Bolsonaro foi questionado por jornalistas se Onyx Lorenzoni, então ministro da Casa Civil, 

havia favorecido seu estado, Rio Grande do Sul, no primeiro ano de governo, respondeu:

— Se estiver acontecendo, teremos problemas pela frente, mas até o momento não plotei isso aí do Onyx não, até o momento — afirmou, 

usando a palavra plotar para dizer que não tinha descoberto nada sobre o tema.

Durante a cerimônia que transferiu o Conselho da Amazônia para o comando do vice-presidente Antônio Hamilton Mourão, 

o ministro Augusto Heleno (Gabinete da Segurança Institucional) explicou como nasceu o brado “selva”.

— O homem que contribuiu decisivamente para que a Amazônia aparecesse para o Brasil inteiro foi o coronel Jorge Teixeira — afirmou, 

explicando que o militar era avesso a burocracia e achava muito demorada a saída de viaturas do Centro de Instrução da Amazônia.

— Então, Teixeira adotou o seguinte: as viaturas que eram do Centro de Instrução, quando passassem pelo corpo da guarda, 

não precisam anotar número da viatura, quilometragem, quantos litros de gasolina, bastava falar “selva” e passar — explicou, 

convidando os presentes a fazer o brado no Planalto.

Heleno gritou: “Tudo pela Amazônia!” e os presentes responderam: “Selva!”.

 Em um ambiente altamente militarizado, com três ministros generais e um policial militar, aprendeu-se também o significado

de “missão dada é missão cumprida”, quando não se pode rejeitar o pedido do superior. Ou até mesmo que “dar as costas” significa 

confiar no parceiro de guerra, como o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) diz em relação a Braga Netto, 

que assumiu o comando da Casa Civil.

 
O novo dicionário palaciano

Acochambrar: ficar de corpo mole para executar alguma função, relaxar, vagabundar

Arrego: expressão usada quando se está muito indignado

Arranchar: comer

Avançar: entrar

Bisonho: pessoa inexperiente

Bizu: uma dica, um conselho

Baixaria: ato de fazer algo feio

Caserna: nome dado ao quartel

Camuflar: se esconder

Dar as costas: sinal de confiança

Dar golpe: burlar um regulamento

Dar sopa na crista: querer aparecer e não se dar bem por isso

Embuste: gabar-se, tirar onda, contar vantagem

Escamotear: fugir de responsabilidades

Estar de baixa: estar doente

Galho fraco: tarefa fácil de se cumprir

Ir na rota: seguir destino

Jangal: vem de jungle (selva, em português) e significa situação ruim, difícil

Laranjeira: quem vive dentro do quartel, quem mora no quartel

Missão cumprida: quando a tarefa é resolvida

Moita: quem não é visto, quem fica quieto

Mulambo: mal feito, mal vestido

No pau da goiaba: a coisa como ela realmente é; sem rodeios

Papirar: estudar

Paisano: civil

Piruar: se oferecer para algo; está piruando tirar serviço no próximo fim de semana

Plotar: descobrir

Raro: sujeito estranho, esquisito

Rolha: que não tem muita utilidade, sem objetivo, meio inútil

Sanhaço: situação difícil, preocupante, instável

Safo: descolado, esperto, que resolve todos os problemas, experiente

Segue o destino: ir embora

Selva: grito de guerra

Ter permissão: estar autorizado a tomar alguma medida

Torar: dormir

Última forma: esqueça o que eu disse, recuar de alguma decisão

Zaralho: bagunça

Zero: estar entre os dez primeiros da turma

Zero um: melhor colocado, número um da turma

 
(Colaborou Daniel Gullino)

'Um chopis e dois pastel': como surgiu o 'paulistanês', sotaque falado nas ruas de SP
 

Por Evanildo da Silveira Folha de São Paulo 02-02-2020  

  

São Paulo

 
"Um chopis e dois pastel", "choveindo", que também pode soar como chovennndo", "orra meu" e "véio" são expressões

ou pronúncias que tornam possíveis, para muita gente, a identificação do falante como nativo da cidade de São Paulo.

É o "dialeto" ou sotaque paulistano, tão diferente de outros, mas tão próprio e característico de quem o expressa, 

como o chiado o é para os cariocas. Ele se formou ao longo dos 466 anos da cidade, completados no dia 25 de janeiro de 2020.

Cada modo de falar é próprio de uma comunidade, seja um bairro, uma cidade, um estado ou país —basta ver as diferenças 

entre o português falado no Brasil e o de Portugal. O desenvolvimento do "paulistanês" é resultado da história da própria cidade.

No princípio eram os índios, com suas dezenas de línguas —cerca de 380 em todo país, na época do descobrimento— principalmente 

o tupi ou tupi antigo, falado pelas tribos de povos dessa etnia, que habitavam a maior parte do litoral do Brasil no século 16, aí incluído 

o Planalto de Piratininga, onde está assentada a cidade de São Paulo.

Entre elas estavam os tupinambás, tupiniquins, caetés, tamoios, potiguaras, temiminós e tabajaras. Depois vieram os colonizadores portugueses, 

de várias partes de Portugal, cada uma com seu linguajar e sua pronúncia. Mais tarde chegaram os escravos africanos e suas variadas línguas e,

mais recentemente, os imigrantes de diversos países, com destaque para os italianos.

"O sotaque da cidade de São Paulo é uma grande mistura", diz o músico e pesquisador Ivan Vilela, da Faculdade de Música, da Escola de Comunicações e Artes,

da Universidade de são Paulo (ECA-USP). "Inicialmente, até o final do século 19, era o caipira, que ainda está presente em todo o interior do estado, sul de Minas Geras e

Triângulo Mineiro, que foi o eixo de difusão da cultura bandeirante."

De acordo com ele, autor do livro "Cantando a Própria História: Música Caipira e Enraizamento", o "paulistanês" começa a receber uma série de injeções linguísticas a partir dessa época. 

"Para se ter uma ideia, em 1883 o censo da população da cidade mostrou um número maior de italianos do que de brasileiros", diz.

"Eles deixaram uma marca muito forte no sotaque paulistano, que pode ser visto na obra de Juó Bananère [pseudônimo usado pelo escritor e poeta 

brasileiro Alexandre Ribeiro Marcondes Machado para criar obras literárias usando o modo de falar da colônia italiana de São Paulo na primeira metade

do século 20] e quando se ouve Adoniran Barbosa."

Vilela explica ainda que o sotaque caipira foi "expulso" da cidade. "Num processo de modernização, São Paulo começou a banir todos esses traços arcaicos,

dentre eles a própria 'língua' caipira", diz. "Paralelamente a isso, houve a proclamação da República, com todo seu ideário positivista, que deu suporte a ela e

interferiu na relação da população com a cultura popular que a cercava. Começou a haver uma prevalência do saber erudito sobre o popular."

Depois começaram a chegar outras levas de imigrantes, como japoneses, espanhóis e libaneses. A consequência foi que em cada canto da cidade surgiu uma marca característica. 

"Na zona sul, na região de Santo Amaro, por exemplo, predomina o sotaque nordestino. Na zona norte a influência já é mais portuguesa", afirma Vilela.

Além disso, o êxodo rural em direção à capital, ocorrido a partir de 1920, como a derrocada da cultura do café, trouxe de volta o falar caipira para a 

cidade de São Paulo, segundo ele. A historiadora e linguista Lívia Oushiro, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), tem outra explicação para a presença,

até hoje, do sotaque caipira na capital.

"É difícil determinar se ele 'ressurgiu' na periferia ou se nunca desapareceu da cidade", diz. "Acho a segunda hipótese mais provável. 

Mas, sem dúvida, a sua presença nas periferias tem a ver com o grande influxo de migrantes do interior à cidade de São Paulo ao longo da 

segunda metade do século 20."

O TAL DO "R"

Ela explica que no Brasil, o grande diferenciador de sotaques é a pronúncia da letra "R", principalmente quando em final de sílaba,

em palavras como "porta" e "mulher". "Na capital paulista, há duas pronúncias principais para esse som: o chamado 'R retroflexo',

que é também conhecido como 'R caipira' e que está bastante presente na fala dos moradores de periferia [pense, por exemplo, 

num rapper falando 'certo, mano!']", explica.

"A outra é o chamado 'R tepe', que é usado principalmente nas regiões centrais da cidade." Esse R soa como na palavra "pirata", 

diferentemente do R retroflexo, que é usado em Piracicaba, por exemplo, como em "porrrta".

"O primeiro é considerado um traço mais 'central' geograficamente, e pode ter conotações de classe (mais alta)

e as concomitantes associações de formalidade", diz o linguista Thomas Daniel Finbow, do Departamento de Linguística,

da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, da USP. "O retroflexo, por sua vez, é visto como mais periférico e informal."

Uma outra característica facilmente reconhecível do "paulistanês" é o jeito de pronunciar as sílabas "ti" e "di" 

—que soam como "tchi" e "dgi"—, de acordo com Lívia, que é autora da tese de doutorado sobre o tema. 

Ela lembra ainda da ditongação (união, em uma mesma sílaba, de uma vogal silábica e uma semivogal) do

"en" em palavras como "fazenda" e "entendendo". "Elas acabam sendo pronunciadas como 'fazeinda" e 'enteindeindo'."

São Paulo tem também vocábulos próprios. O paulistano usa, por exemplo "'marmita', 'busão' e 'mexerica' em vez de 'quentinha',

'coletivo/ônibus', 'tangerina/bergamota' de outras regiões", afirma a linguista.

"OS CARRO VERMELHO"

Se observar direito, quem visita a cidade vai notar que em algumas regiões, principalmente naquelas com

maior número de descendentes de italianos, como os bairros da Mooca e da Bela Vista (Bixiga), 

não se usa muito o plural, como em "os carro vermelho". Isso porque o italiano não usa o "s" para formar o plural.

"No caso do italiano, ele deriva do caso nominativo latino, cujo plural é formado pelo uso, no final da palavra, 

de 'i', para o masculino, e de 'e', para o feminino, e não do 's'", diz Manoel Mourivaldo Santiago-Almeida, 

doutor e pós-doutor em Letras e professor titular da USP.

"O português e o espanhol usam o "s", porque derivam do acusativo plural latino, que já o tinha. 

Isso é um exemplo de como a gramática de um idioma influencia outro."

Para Finbow, apesar de em muitos casos fugir das normas cultas da língua portuguesa,

não se deve considerar o sotaque paulistano —ou qualquer sotaque— como "errado".

"Ele não deveria ser enxergado como uma série de desvios da norma padrão, porque as raízes de alguns

traços das variedades paulistanas antecedem a formação de uma norma culta

e são fundamentalmente independentes dela", explica.

BBC News Brasil

 
"PORTUGUÊS" É O ÚNICO IDIOMA EM QUE SE PODE ESCREVER 

UM TEXTO SÓ COM A LETRA"P". PODEMOS PARTIR?

 
MANDOU-ME Dodora Marquesm de Acopiara, residete em ATENAS, Grécia.

 Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. 

Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir.

Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres.

Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas.

.Pálido, porém perseverante, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas,

preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém,

pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se

principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas 

perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, pediu permissão para pintar 

palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, 

perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se. Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, 

porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente 

para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo… "Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, 

pintando principais portos portugueses".

.Passando pela principal praça parisiense, partindo para Portugal, pediu para pintar pequenos pássaros pretos. Pintou, prostrou perante políticos,

populares, pobres, pedintes. - "Paris! Paris!" Proferiu Pedro Paulo. -"Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir".

Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, 

pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai.

Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: -Pediste permissão para praticar pintura,

porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias? -Papai, proferiu Pedro Paulo,

pinto porque permitiste, porém preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo 

permanecer por Portugal. Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, 

pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando.

Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima,

pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro.

 
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