Jornal da Gíria Ano XVII- Nº103 – Março e Abril de 2016
 


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https://www.youtube.com/watch?v=EtBief6RK_I

Veja o que me mandou Rubem Amaral Junior  :

http://youtu.be/sTVgNi8FFFM

veja a despedida do trema  ! (necessario PowerPoint)

giria de angola : https://www.youtube.com/watch?v=YZdSGL54f-Y

Brasileirismos ! (necessario PowerPoint)

QUE OS BRASILEIROS CULTOS PENSAM SOBRE O ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1990
AO CUIDADO DO NOVO GOVERNO DE PORTUGAL
 
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Fonte das imagens:
https://www.facebook.com/TradutoresContraAO90/photos/a.645082112260127.1073741829.199515723483437/652947688140236/?type=3&theater
 

tags: acordo ortográfico de 1990, brasileiros, governo, novo governo de portugal, portugal
publicado por Isabel A. Ferreira às 18:57

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Novo acordo ortográfico é obrigatório a partir de 01.01.2016 no Brasil

01.01.2016Versão para impressão

livros

Com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, os livros devem ser publicados sob as novas regras, sem 
diferenças de vocabulários entre os paísesArquivo/Agência Brasil

As regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa são obrigatórias no Brasil a partir de hoje (1º). Em uso 
desde 2009, mudanças como o fim do trema e novas regras para o uso do hífen e de acentos diferenciais agora são
oficiais com a entrada em vigor do acordo, adiada por três anos pelo governo brasileiro.

Assinado em 1990 com outros Estados-Membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) para 
padronizar as regras ortográficas, o acordo foi ratificado pelo Brasil em 2008 e implementado sem obrigatoriedade
em 2009. A previsão inicial era que as regras fossem cobradas oficialmente a partir de 1° de janeiro de 2013, mas,
após polêmicas e críticas da sociedade, o governo adiou a entrada em vigor para 1° de janeiro de 2016.

O Brasil é o terceiro dos oito países que assinaram o tratado a tornar obrigatórias as mudanças, que já estão em vigor
em Portugal e Cabo Verde. Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste ainda não 
aplicam oficialmente as novas regras ortográficas.

Com a padronização da língua, a CPLP pretende facilitar o intercâmbio cultural e científico entre os países e ampliar
a divulgação do idioma e da literatura em língua portuguesa, já que os livros passam a ser publicados sob as novas
regras, sem diferenças de vocabulários entre os países. De acordo com o Ministério da Educação, o acordo alterou
0,8% dos vocábulos da língua portuguesa no Brasil e 1,3% em Portugal.

Alfabeto, trema e acentos

Entre as principais mudanças, está a ampliação do alfabeto oficial para 26 letras, com o acréscimo do k, w e y. As
letras já são usadas em várias palavras do idioma, como nomes indígenas e abreviações de medidas, mas estavam
fora do vocábulo oficial.

O trema – dois pontos sobre a vogal u – foi eliminado, e pode ser usado apenas em nomes próprios. No entanto, a 
mudança vale apenas para a escrita, e palavras como linguiça, cinquenta e tranquilo continuam com a mesma 
pronúncia.

Os acentos diferenciais também deixaram de existir, de acordo com as novas regras, eliminando a diferença gráfica
entre pára (do verbo parar) e para (preposição), por exemplo. Há exceções como as palavras pôr (verbo) e por 
(preposição) e pode (presente do indicativo do verbo poder) e pôde (pretérito do indicativo do verbo poder), que
tiveram os acentos diferenciais mantidos.

O acento circunflexo foi retirado de palavras terminadas em “êem”, como nas formas verbais leem, creem, veem e 
em substantivos como enjoo e voo.

Já o acento agudo foi eliminado nos ditongos abertos “ei” e “oi” (antes "éi" e "ói”), dando nova grafia a palavras
como colmeia e  jiboia.

O hífen deixou de ser usado em dois casos: quando a segunda parte da palavra começar com s ou r (contra-regra
passou a ser contrarregra), com exceção de quando o prefixo terminar em r (super-resistente), e quando a primeira
parte da palavra termina com vogal e a segunda parte começa com vogal (auto-estrada passou a ser autoestrada).

A grafia correta das palavras conforme as regras do acordo podem ser consultadas no Vocabulário Ortográfico da
Língua Portuguesa (Volp), disponível no site da Academia Brasileira de Letras (ABL) e por meio de aplicativo para
smartphones e tablets, que pode ser baixado em dispositivos Android, pelo Google Play, e em dispositivos da 
Apple, pela App Store.

Reporter: Luana Lourenço, Edição: Juliana Andrade, Agência Brasil 01.01.2016

 

 

Países de língua portuguesa poderão ter vocabulário científico comum

A tradicional e popular Feira de Livros itinerante, que ocorre em várias praças da cidade do Rio de Janeiro, está comemorando 60 anos, com uma edição especial no Largo da Carioca (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Na primeira etapa, IILP pretende definir termos comuns para áreas prioritárias dos países, como 
a agriculturaFernando Frazão/Agência Brasil

Os países de língua portuguesa poderão ter um vocabulário comum para as áreas da ciência e tecnologia. O projeto é
do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) e busca estimular o intercâmbio dos trabalhos 
desenvolvidos entre os países e facilitar a tradução e a interpretação de outros idiomas para o português.

Com sede em Cabo Verde, o IILP é uma instituição da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP). A
entidade tem personalidade jurídica e autonomia científica, administrativa e patrimonial. Integram a CPLP Angola, 
Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

Segundo a diretora executiva do IILP, Marisa Mendonça, o instituto buscará, ainda em janeiro, financiamento com
os países da CPLP para tirar o projeto do papel. Para a primeira fase de execução, são necessários 130 mil euros.

Atualmente, cada país usa palavras científicas próprias. O projeto pretende padronizar a linguagem. “Cada país está 
usando uma terminologia própria, de acordo com a sua experiência. O objetivo é criar uma terminologia consensual
nos diferentes trabalhos para que realmente possa ser usada na tradução e na interpretação, com termos mais
homogêneos”, explica Marisa.

Segundo a diretora executiva do IILP, a questão não é novidade. O projeto chegou a ser aprovado pelos países, mas
falta financiamento. “A primeira etapa já está desenhada é muito chave. A partir dela, vamos ver como podemos 
caminhar e quais as capacidades que temos”, diz.

Na primeira etapa, a entidade pretende definir termos comuns para áreas prioritárias dos países, como a agricultura.
De acordo com Marisa, todos os países devem estar envolvidos.

“Uma das primeiras ações é a formação de equipes nacionais. Há uma diferença muito grande em recursos 
especializados em cada um dos países. Em alguns há muitos especialistas em terminologias. Em outros, não.
Temos de começar por ai, formando equipes”. O vocabulário definido será oferecido gratuitamente pela internet.

Mariana Tokarnia - Repórter, Edição: Wellton Máximo,  Agência Brasil 17.01.2016

 

Instabilidade e falta de recursos prejudicam implementação de acordo ortográfico

Em 1º de janeiro, as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa tornaram-se obrigatórias no Brasil.
A intenção é que as palavras em português sejam escritas da mesma forma em qualquer um dos países que falam o idioma.
A Agência Brasil conversou com a diretora executiva do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), Marisa Mendonça,
para saber como está a implementação do Acordo nos demais países de língua portuguesa.

“Os países estão em estágios completamente diferentes. Não só no que tange a decisão das autoridades 
[responsáveis por ratificar e coordenar o processo de implementação], mas nas possibilidades financeiras e de
recursos humanos para apoiar esse processo”, avalia Marisa.

Com sede em Cabo Verde, o IILP é uma instituição da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) com
personalidade jurídica e autonomia científica, administrativa e patrimonial. O instituto monitora a implementação 
do acordo em cada país e oferece apoio no processo. Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Leia os comentários feitos por Marisa sobre a implementação do Acordo em cada um dos países da CPLP:

Guiné-Bissau
É um país que enfrenta problemas de instabilidade social e política graves. Disputas internas político-partidárias
travam projetos de governo e têm levado à deposição de parlamentares: “Para a Guiné-Bissau, as prioridades devem
ser outras neste momento. Permitir que o país encontre estabilidade para que isso possa servir de base para o 
cumprimento de protocolos e de processos com os quais o país se comprometeu, entre eles o acordo ortográfico.

Guiné Equatorial
Tornou-se membro efetivo da CPLP em 2014. O país busca resgatar a língua portuguesa no território, que tem como
línguas oficiais o francês, o espanhol e o português, falado na Ilha de Ano-Bom e que deu origem à variante ano-
bonense: “A Guiné Equatorial busca a reimplementação da língua portuguesa no território. A grafia que será 
prevalecerá será a nova. É uma situação completamente diferente da dos outros países.

Saiba Mais

Moçambique
O acordo ainda não foi ratificado no país. Moçambique passou por novas eleições em 2014 e, segundo Marisa,
há esperança que o acordo ganhe espaço com os novos representantes: “Temos agora no país um governo com
prioridades muito demarcadas de nível econômico, social e político. Queremos crer que agora a implementação
do acordo ortográfico será realizada, dentro daquilo que as autoridades moçambicanas acharem que é confortável e de
acordo com os recursos que o país possui.

Portugal
O país terminou o processo de transição no ano passado. As crianças e os jovens estão aprendendo nas escolas a
nova ortografia. Ainda há resistência por parte de setores da sociedade que encaram as mudanças como perda de
identidade. Para Marisa, esses grupos são minoria. “Acho natural que haja pessoas que se oponham ao acordo:
Os acordo
provoca sempre desacordos, até nas coisas mais simples do cotidiano. Estamos falando de hábitos, 
de forma de escrever. Muita gente já estava habituada [às normas antigas]. Eu não consigo pensar em um retrocesso
desse processo, nem em Portugal, nem no Brasil.”

Timor-Leste
O tétum e o português são as duas línguas oficiais do país, enquanto o indonésio e a língua inglesa são consideradas
línguas de trabalho pela atual constituição. Mesmo assim, o português não é amplamente falado pela população: 
“O grande objetivo do país é ter a língua portuguesa presente junto dos demais idiomas, então eles não estão tão
focados no preciosismo da grafia.

São Tomé e Príncipe
Foi o quarto país a ratificar o acordo. Ele está sendo aplicado desde janeiro de 2012 e já é usado nos documentos
do Estado e de demais organismos oficiais.

Angola
O país ainda não ratificou o acordo. No entanto, foi um dos que mais contribuiu financeiramente para a elaboração 
do vocabulário comum, que reúne todas as palavras da língua e é ferramenta imprescindível para uma melhor aplicação
do acordo: “As instituições do Estado estão trabalhando para a ratificação do Acordo. Não cabe a nós pressionar nem
Angola nem nenhum dos demais países.

No Brasil
Apesar de terem se tornado obrigatórias apenas este ano, as novas regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
já estão presentes em livros, veículos de comunicação, comunicados oficiais do governo e materiais didáticos usados pelas
escolas em todo o país. Segundo o integrante da Academia Brasileira de Letras, Evanildo Bechara, acadêmico, professor 
e filólogo, o que faltava ao Brasil era a obrigatoriedade.

“O que estava faltando era entrar em vigor, todo mundo passar a usar. Quando todos usarem as novas regras, as deficiências
serão ressaltadas e, então, se impõe algumas mudanças”, diz Bechara. Ele exemplifica o que ocorreu no Brasil há alguns anos.
Até agora, o Brasil usava um sistema definido em 1943. Em 1971, o país fez algumas mudanças. Retirou do idioma escrito, por
exemplo
os acentos diferenciais: antes, escrevia-se êle e govêrno, palavras hoje sem acento.

Assinado em 1990 com outros Estados-Membros da CPLP para padronizar as regras ortográficas, o acordo foi ratificado pelo
Brasil em 2008 e implementado sem obrigatoriedade em 2009. De acordo com o Ministério da Educação, o acordo alterou 0,8%
dos vocábulos da língua portuguesa no Brasil e 1,3% em Portugal.

O português, explica Bechara, era a única língua com grafias diferentes, o que dificulta a publicação de documentos de organismos
internacionais no idioma, que tinham de ser adequados à grafia de Portugal e do Brasil. “Isso dificulta a difusão e a expansão da 
língua no mundo. Como a língua portuguesa está entre as mais faladas, exige maturidade política e uma decisão científica no sentido
de chegar a um acordo”, comenta. “Essa unificação não significa unificar a língua. Portugal e Brasil continuarão com as respectivas 
pronúncias. A reforma é na língua, para resolver um problema ortográfico.”

Mariana Tokarnia – Repórter ,  Edição: Wellton Máximo , Agência Brasil , 17.01.2016