Jornal da Gíria Ano XVIII- Nº108 – Janeiro e Fevereiro de 2017
 

giria

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Clique nos ícones abaixo e veja ou ouça o que a equipe do Jornal da Gíria pesquisou sobre a língua portuguesa e que é do seu interesse conhecer.

Ouça aqui giria portuguesa e divirta-se ! (necessario PowerPoint )

 Veja o que mandou António Pinho, de Lisboa: A origem da língua portuguesa:

https://www.youtube.com/watch?v=EtBief6RK_I

Veja o que me mandou Rubem Amaral Junior  :

http://youtu.be/sTVgNi8FFFM

veja a despedida do trema  ! (necessario PowerPoint)

giria de angola : https://www.youtube.com/watch?v=YZdSGL54f-Y

Brasileirismos ! (necessario PowerPoint)

 

AS GÍRIAS DE 2016. ANO DA VIRADA NA GIRIA. A INTERNET COMEÇA A DOMINAR A GIRIA

 
Os centros emissores de gírias no Brasil são, pela ordem, Rio de Janeiro. São Paulo e Brasilia.

Brasilia entra, como Pilatos no credo, pela forte presença da política na vida dos brasileiros, de resto mais intensa na Avenida Paulista, em São Paulo, na 

Avenida Atlantica , no Rio de Janeiro, no Congresso e no Executivo, em Brasilia, e no Quartel de General de combate ao “petróleo” em Curitba e 

no enfrentamento da “Orcrim”, gíria do crime organizado.

Até 2016, o meio principal de difusão de gírias era a televisão. Principalmente nas novelas e nos programas “populares”. A tevê resistiu por cinco décadas 

em adotar a linguagem popular, na forma em que a audiência exige para entender o que se passa. Os programas produzidos em Sao Paulo tem forte impacto 

da gíria paulistana ou paulista, inclusive com os recentes regionalismos do interior; Os produzidos no Rio de Janeiro se encarregam de difundir as gíria dos grupos 

que tem o alto patrocínio do narcotráfico  e toneladas de termos e expressões chulas com desabridas mensagens pornográficas nos ‘esquentas”., palco .

Agora, a televisão escancarou geral, de olho nas comunidades e nas periferias e nas linguagens da contracultura e da subcultura, nos vieses, do  funk , do rap.

O jornal , comprometido historicamente, com a linguagem padrão sempre que usava a gíria colocava a dita cuja em negrito ou sublinhada. Mas o jornalão foi 

perdendo força para os jornalecos ou os os jornais populares, de sangue, mulher pelada e futebol, onde a agiria deita e rola, faz barba, cabelo e bigode. 

É importante assinalar que os jornalecos, os tabloides, das classes CDE, eram . na sua maioria, de propriedade dos jornalões, que se voltavam para a classe AB

Como fora, o radio, os jornais populares e as revistas.

Em 2016, as “redes sociais” assumiram o comando. E numa velocidade do raio, do som, do Usaim Bolt.

As “redes sociais” popularizaram ,  banalizaram e escracharam a gíria.

A “linguagem do malandro”, com seu folclore e sua esperteza, com o mau-caráter educado e civilizado, com seu jeitinho e sua criatividade, sua identificação com a necessidade 

de quebrar os rígidos paradigmas e  padrões sociais, foi praticamente substituída por uma linguagem que não tendo compromissso com a língua também não tem outros compromissos com o futuro de nossa civilização.

Criou-se uma nova linguagem, tal qual como prevíamos 20 anos atrás: as transformações da Internet seriam contundentes em relação à linguagem e, como está em processo,  não podemos imaginar em que vai resultar.

Não ouso.

Antes dizíamos que o Brasil tinha baixos níveis de  leitura.

Um só jornal do Japão imprimia tres vezes mais do que todos os jornais brasileiros juntos.

Os jornalões estão morrendo. As livrarias estão fechando. As bancas de jornais hoje vendem gás, agua mineral e jogo do bicho. Em Buyzios, badalado balneário da Região dos Lagos. Mp Rio de Janeiro,  

não tem livrarias nem banca de jornais!

A tiragem de um livro no Brasil está abaixo de 1/2/3 mil exemplares. Acima disso, só Paulo Coelho, Jo Soares, padre Marcelo, Augusto Cury. Pouquíssimos membros da Academia Brasileira de Letras vendem mais exemplares do que isso.

Com a Internet avançando de forma avassaladora e intensa, foram divulgados os dados das notas de português nos cursos do ensino médio que desnudaram os horrendos níveis de nossos sistema educional e cultura que ameaçam o futuro da língua no país.

Estamos no fundo do poço.

Os leitores do JORNAL DA GIRIIA testemunharam meus protestos junto a Academia Brasileira de Letras e aos MInistérios da Educação e Cultura pelo desleixo em defesa da língua, pela omissão em defesa da língua, 

pela ausência de uma política de defesa da língua.

As principais gírias de 2016

Lava a jato – Operação da PoliciaFederal , do Ministério Público Federal e da Magistratura (Juiz Sergio Moro), para desmantelar a maior quadrilha de corrupção do mundo Ocidental, montada pelo OT, PMDB e PR , sob comando de Lula .

Petralhas – gíria de Reinaldo Azevedo para designar os petistas.

Petrolão – designa a roubalheira das empreiteiras da Petrobrás e a corrupção dos partidos PT, PMDB, PR.

Orcrim – gíria que designa a organização criminosa criada pelo PT e por Lula.

Japones da federal – policial federal que aparecia nas prisões do petrólão como “pirata”.

Coxinha – gíria nascida em São Paulo para designar os líderes dos movimentos de protestos contra Dilma, Lula, PT e Temer.

Sanduiche de mortandela – gíria nascida em Brasilia , com o governo que distribuia passagem, hospedagem e sanduiche de mortandela para  os participantes das “manifestações espontâneas” em defesa do `PT,de Dilma e Lula;

Pixuleco 1-  gíria  nascida em São Paulo com um boneco de Lula em uniforme de presidiário;

Pixuleco 2 – Para João Vacari Neto, tesoureiro do PT, dinheiro da corrupção, propina.

Juizeco-  gíria nascida em Brasilia com a desqualificação de juiz que afrontou o senador Renan Calheiros.

Casinha – gíria de Vanderlei Luxeburgo,no futebol, que mandava armar a  defesa, a casinha.

Sofrencia – gíria de musica sertaneja sobre cornos, maridos e noivo traidos.

 
ISTO É QUE É «CULTURA!!!»

 UMA ANEDOTA COM UM CERTO NÍVEL LITERÁRIO, CONVENHAMOS...

 

"E assim se fala em bom português!" 

 
”A ESTRANHA BELEZA DA LÍNGUA PORTUGUESA”

 
“Este texto é dos melhores registros de língua portuguesa que eu tenho lido sobre a nossa 

digníssima 'língua de Camões', a tal que tem fama de ser pérfida, infiel ou traiçoeira. “

Um político que estava em plena campanha chegou a uma pequena cidade, subiu para o 

palanque e começou o discurso:

Compatriotas”, “companheiros”, “amigos”! Encontramo-nos aqui, “convocados, “reunidos” 

ou “juntos” para “debater”, “tratar” ou “discutir” um “tópico”, “tema” ou “assunto”, o qual me parece

transcendente”, “importante” ou de “vida ou morte”.O “tópico”, “tema” ou “assunto” que hoje nos “convoca”, 

reúne” ou “junta” é a minha “postulação”, “aspiração” ou “candidatura” a Presidente da Câmara deste Município.
 

De repente, uma pessoa do público pergunta:

 - Ouça lá, porque é que o senhor utiliza sempre três palavras, para dizer a mesma coisa? O candidato respondeu:

- Pois veja, caro senhor: a primeira palavra é para pessoas com nível cultural muito alto, como intelectuais em geral; 

a segunda é para pessoas com um nível cultural médio, como o senhor e a maioria dos que  estão aqui; a terceira

palavra é para pessoas que têm um nível cultural muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele alcoólico, ali deitado

na esquina.

De imediato, o alcoólico levanta-se a cambalear e 'atira':

 - Senhor “postulante”, “aspirante” ou “candidato”:(hic) o “fato”, “circunstância” ou “razão” 

pela qual me encontro num estado “etílico”, “alcoolizado” ou “mamado” (hic), não “implica”,

significa”, ou “quer dizer” que o meu nível (hic) cultural seja ”ínfimo”, “baixo” ou mesmo “rasca” (hic).

E com todo areverência”, “estima” ou “respeito” que o senhor me merece (hic) pode ir “agrupando”,

reunindo” ou “juntando” (hic) os seus “haveres”, “coisas” ou “bagulhos” (hic) e “encaminhar-se”, “dirigir-se” 

ou “ir direitinho” (hic) à “leviana da sua progenitora”, à “mundana da sua mãe biológica” ou à “puta que o pariu”!

 

AS GÍRIAS DA INTERNET , POR LUCAS CASTILHO, A QUEM PEÇO LICENÇA PARA REPERCUTIR.


Algumas você já deve conhecer, outras estão * apenas * começando sua jornada nesse mundo destruidor chamado internet. 

1.Sambar.

Muito mais do que um estilo de dança, na internet quando alguém “samba” é por que está arrasando, fazendo algo incrível. Basicamente “sambar” é “pisar nas inimigas”, mas isso já é outra gíria…

 2. Shippar.

Da palavra estrangeira relationship, “shippar” significa mostrar sua aprovação por algum casal, seja ele de amigos ou de namorados. Geralmente quando alguém “shippa” algo, está se referindo a personagens de séries e novelas ou ídolos adolescentes.

 3. Trollar.

Essa palavra já é quase como um neologismo e foi parar até mesmo na Globo, no programa “Tomara Que Caia”. É o mesmo que aprontar algo com alguém. O autor da “trollagem” é chamado de “Troll”. 

 4. Fandom.

Se você é fã da Lady Gaga, por exemplo, faz parte do fandom chamado “Little Monsters”. O mesmo vale para quem ama o One Direction, as “Directioners”. Fandom é uma comunidade de quem gosta de algo em comum. Podem ser astros pop, podem ser selos.🙂

 5. Morta.

Essa palavra você certamente conhece, mas na internet ela ganha outro sentido (ou vários). Geralmente é usada quando alguém não está acreditando em alguma coisa, mas também serve para expressar que você só está cansada mesmo! Agora, não confunda com a expressão “Queria estar morta”, que foi criada a partir de uma desastrosa entrevista dada por Lana Del Rey. “QEM” caiu na boca dos ~ internautas ~ e é uma frase que pode ser encaixada em qualquer conversa na qual a pessoa expresse o seu descontentamento com algo. 

 6. Melhore.

Essa é autoexplicativa. Muito usada pelos “haters”, que são pessoas que odeiam algo (ou tudo rs), para chamar a atenção de alguém que fez alguma coisa supostamente ruim.

 7. Miga.

Serve para tudo e para todos. Não tem gênero. Miga é miga e é basicamente a nova “BFF”.

 8. Destruir.

Essa palavra saiu diretamente do pajubá, vocabulário gay, para a boca da maioria dos millenials e não deve ser entendida ao pé da letra. Na internet, significa tombar, arrasar, “pisar nas inimigas”, ser incrível, ser totalmente demais, enfim, destruir. 

 9. Poser.

Essa é velha e umas das preferidas dos adolescentes! É usada para simplesmente designar aquela pessoa que quer parecer algo que não é, ou seja: quase todo mundo na internet.

 10. Flop.

Quando algo não dá certo isso é considerado um “flop”. Saiu diretamente do cotidiano dos fóruns de música pop para o cotidiano da família tradicional brasileira.

 11. Choque.

Quando algo vai ser incrível essa coisa será “choque”. Se quiser dar ênfase use a expressão completa: “choque de monstro”

 12. SQN.

Usada no fim de frases irônicas, SQN” significa “Só que não”. Simples assim!

 13. Fail.

Em tradução livre do inglês para o português, “fail” quer dizer “falha”. E é isso mesmo!

 14. Goals.

Usada como complemento de algo que você almeja. Por exemplo, se a sua ideia de vida perfeita é fazer parte do grupo de garotas da Taylor Swift, chamado de “esquadrão”, a hashtag usada deverá ser “squadgoals” ou “sisterhoodgoals”. 

 15. Obri.

Ai, a eterna preguiça de digitar! Obri nada mais é do que “Obrigado”, tá?!

 16. NSFW.

Antes da internet provavelmente foi criado o pornô. Brincadeiras à parte, NSFW significa “Not Safe For Work” e serve para indicar que certo conteúdo que está sendo apresentado na rede mundial de computadores não é indicado para acessar no trabalho. Tirem as crianças da sala.

 17. Snap.

Nada a ver com estalar os dedos! Snaps são as fotos e vídeos que você faz no seu Snapchat.

 18. YAAAAS.

Usada para demonstrar sua aprovação por algo ou alguém. Acredita-se que tenha surgido por causa desse vídeo.

 19. Bafonzera.

Criada a partir do neologismo “bafo”, “bafonzera” significa que algo é espetacular, extraordinário.

 20. 9vinha.

As “novinhas” e os “novinhos” da internet são os brotos e brasas de outrora. Os jovens!

 21. Aquelas.

Pronome demonstrativo? Humpf! Não na internet! A palavra é normalmente usada no fim de frases irônicas ou no fim de frases que foram ditas no calor do momento. Por exemplo, “Sou um pinguim… Aqueles”.

 22. VLW, FLWS.

“Valeu, Falou”.

 23. Nudes.

Fotos com conteúdo NSFW (ver item 16).

 24. RBF.

RBF, ou “Resting Bitch Face”, que significa “cara de uó”, é uma gíria usada para designar aquelas pessoas que sempre fazem cara de paisagem ou nunca parecem felizes. Mas acredite: muitas vezes elas são apenas desse jeito e não estão fazendo “carão”. 

 25. APENAS.

Palavra obrigatória na internet e usada apenas para reafirmar opiniões.

 26. AMR.

77Amor, mores, mor… Normalmente vem acompanhada de certa ironia ou desdém.

 27. Lacrar.